Uma mulher morre a cada minuto por motivos vinculados à gravidez e ao parto, e diariamente 29 mil crianças com menos de cinco anos morrem por causas que seria fácil evitar, alertou a Associação Italiana Mulheres para o Desenvolvimento.
Dez anos após a adoção dos Objetos do Desenvolvimento do Milênio, que deveriam ser atingidos até 2015, a maternidade continua sendo o setor da saúde no qual menos se evoluiu, segundo o relatório "Contagem regressiva para os objetivos sanitários do milênio", apresentado pela citada entidade.
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio visam reduzir em dois terços a mortalidade infantil (crianças menores de cinco anos) e a materna, garantir o acesso universal aos serviços de saúde reprodutiva e deter a difusão do HIV/Aids, a malária, a tuberculose e outras doenças.
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio visam reduzir em dois terços a mortalidade infantil (crianças menores de cinco anos) e a materna, garantir o acesso universal aos serviços de saúde reprodutiva e deter a difusão do HIV/Aids, a malária, a tuberculose e outras doenças.
De todos estes objetivos, "o que menos se aproximou da meta é o que se relaciona com a melhoria da saúde materna", diz o relatório. Segundo dados citados no documento, nos países subdesenvolvidos – especialmente na África subsaariana e no sul da Ásia, para cada mulher que morre por causas vinculadas à maternidade, outras 20 contraem doenças, muitas vezes crônicas.
Daniela Colombo, presidente da entidade italiana, destacou as condições de desigualdade entre o sul e o norte do mundo.
Daniela Colombo, presidente da entidade italiana, destacou as condições de desigualdade entre o sul e o norte do mundo.
"Na África, uma menina de 15 anos tem uma chance em 22 de morrer na gravidez ou no parto, enquanto que para uma coetânea de um país industrializado é de uma em 7.300", disse Colombo.
Por doenças infecciosas, entre as crianças com menos de cinco anos, se registram cinco milhões de mortes associadas à Aids, à tuberculose e à malária, e esta última "mata uma criança a cada 30 segundos", indicou Natalia Lupi, uma das autoras do relatório.
O trabalho afirmou que os responsáveis por esta situação são os países industrializados.
Fonte: Ansa