Crise milanesa
A cidade de Milão é a locomotiva da vida mundana italiana. A capital da Lombardia representa a versão do terceiro milênio da romana Dolce Vita, dos anos 1960. Mas a crise não poupa nem o desejo de diversão para esquecer, exatamente, a crise. Os locais da moda, como bares e restaurantes, fecham o verão com uma queda de 15 a 20% no movimento. Na rua, os jovens consomem bebidas que trazem de casa, compradas nos supermercados.
Ebay Milão
Se a crise bate forte no setor tradicional de vendas, ou seja, as lojas na beira das calçadas, o mesmo não se pode dizer do comércio via internet, que vai de vento em popa. A cada dia e a todo instante, são oferecidos artigos de todos os tipos. Em média, diariamente, este número chega a um milhão, sendo 70% de artigos novos. As compras através de smartphones e tablets” estão 165% maiores do que no ano passado. Para fazer frente às reais vendas virtuais, muitas lojas não dispensam a implantação da própria versão online.
Interdonesiano
Massimo Moratti, de 68 anos, e desde 1995 à frente da sua amada Inter, cede o passo às dívidas. Cansado de enxugar o gelo, ou melhor, cobrir a hemorragia financeira com os ganhos da sua cota de família, na refinaria italiana de propriedade, prepara a passagem de comando ao rico indonesiano Erick Thoir. O cortejamento já durava bastante tempo. Thori, na direção de uma holding que terá 70% do clube milanês, terá no “board” do clube de sete pessoas três da família Moratti, responsável por 30% das ações. Durante a sua presidência, Massimo Moratti venceu 16 títulos, inclusive cinco campeonatos italianos e uma Copa dos Campeões.
Controle rigoroso
O s trens regionais que circulam na periferia de Milão e que realizam viagens dentro do arco de uma hora e meia estão entre os mais “roubados” pelos passageiros que viajam sem bilhete. Ao contrário da linha metropolitana, com todas as estações dotadas de roletas eletrônicas, as linhas ferroviárias confiam na boa educação e no senso cívico. Mas, em alguns horários, a linha Milão-Lecco atingiu cerca de 90% de passageiros-fantasmas. Por isso, a Trenord decidiu apertar o cerco contra os “espertos”. Resultado: meio milhão de euros recuperados com a força-tarefa formada por fiscais acima de qualquer suspeita e a bordo dos trens.
A Expo e os bilhetes
A Expo 2015 já vai começar a vender entradas a partir do dia primeiro de abril de 2014. Sem tempo a perder, o objetivo é comercializar cerca de 5 milhões de “tickets” antes do início do evento, que vai ocorrer entre 1° de maio e 31 de outubro. Os preços serão anunciados no fim deste ano, mas a organização espera arrecadar cerca de 500 milhões de euros com a presença de vinte milhões de potencias visitantes. Um milhão de bilhetes deverá ser vendido na América do Sul.