Comunità Italiana

milão

Rede social urbana
Da realidade virtual à realidade virtuosa. O jogo de palavras expressa bem o conceito da Social Street. A ideia nasceu dois anos atrás em Bolonha, quando um cidadão, em busca de compania para o filho pequeno, publicou um “post” numa rede social para encontrar na vizinhança quem estivesse na mesma situação. As Social Street são 84 na Lombardia e 56 em Milão, além das 11 na grande metrópole, entre elas, a rua Bergamo, na vizinha Monza. Nela, os moradores trocam serviços, se encontram para aperitivos ou lançamentos de livros ou um piquenique na ponte sobre o rio Lambro que corta a cidade. A coletividade se conhece e a quantidade de bons dias e boas noites pela rua chama a atenção.

Limpeza extraordinária
A expectativa cresce à medida que a contagem regressiva diminui. A menos de um mês da abertura, já foram vendidos nove milhões de ingressos, dos quais 5,3 no exterior. A organização estima que passarão pela Expo mais de 20 milhões de pessoas. E isso requer da cidade um esforço extra em termos de serviços. A empresa responsável pela limpeza da cidade, a Amsa, reforça a frota de caminhões, com 106 novos veículos, além de redesenhar as latas de lixo e de aumentar a frequência da coleta urbana.

Burrocracia
Finalmente, o automobilista italiano se livra de um peso. Por lei, todos os carros podem circular somente depois de segurados. O documento, um retângulo de papel colorido, tem que estar fixado ao parabrisa. Em tempos de internet e de um banco de dados conectado com as autoridades, ter um papel desse é um cartão de visitas da pré-história. Deste mês de abril em diante, a placa do carro vai ser a carteira de identidade do veículo, naturalmente. Com um simples acesso ao banco de dados, um policial pode descobrir se o carro está no seguro ou não, num piscar de olhos.

A Carta de Milão
Um dos mais importantes filósofos italianos, Salvatore Veca, presidente da Fundação Feltrinelli, conduziu um grupo de 300 especialistas na redação da carta de Milão, a carta magna da Exposição 2015. E eles pegaram no pé da letra o título do evento: Nutrir o Planeta. O texto vai afirmar que o alimento é um direito fundamental do homem, e que há de haver a confiança nas pesquisas agroalimentares, desde que estes progressos técnicos estejam em harmonia com a biodiversidade. Ou seja, irá condenar os alimentos OGM. A carta não é um documento diplomático ou oficial, mas uma missiva cidadã ao mundo.

Pedagogia milanesa
A prefeitura de Milão começa um projeto piloto em cinco escolas elementares. Durante uma semana, os alunos vão ter duas horas de religião e cozinha no lugar das lições de inglês e/ou matemática. A ideia é apresentar às crianças as outras religiões, além da cristã. A budista, a hebraica, a hinduísta e a islamista foram as contempladas, em função da presença de comunidades destas crenças que habitam na cidade. Um projeto que visa favorecer a integração prevê aulas de culinária para saber o que um come e que o outro evita por motivos culturais e religiosos, faces de uma mesma moeda.