Comunità Italiana

milão

Solidariedade
O inverno chegou, pontualmente, no fim do ano. E com ele os problemas de sempre. Como o alto volume de smog devido à falta de ventos e ao aquecedor das casas, sem falar dos engarrafamentos, a qualquer hora do dia. Mas o pior drama é dos sem-teto. Nas 31 estruturas públicas e conveniadas, foram ajudadas cerca de 2.500 pessoas apenas neste começo de estação. Para amenizar o problema, a prefeitura de Milão autorizou o uso do mezanino da Estação Central a quem quiser se proteger do frio durante a noite e madrugada.

Pistas cheias, bolsos vazios
A neve fresca bate a crise. A falta de dinheiro para aventuras em metas distantes e tropicais, como as ilhas Maldivas ou do Caribe, levou, em boa parte, milhares de italianos às pistas de esqui. Eles redescobriram o quintal de casa da segunda casa, mais especificamente, aos pés e nas encostas das montanhas. E partiram com os esquis e pranchas de snowboard para dias tranquilos ou emocionantes — depende do ponto de vista — em localidades como Bormio e Valtellina, mais próximas de Milão, ou lugares mais badalados e distantes, como Sestriere e Sauze d’Oulx, no Vale de Susa. Russos na Lombardia e ingleses no Piemonte fazem a parte do “leão” turístico estrangeiro.

Hortas culturais
No tempo da guerra, as praças públicas davam lugar a hortas, que ajudavam a combater a fome da população. Pois bem, o projeto da Expo 2015 pretende revitalizar a ideia, abraçando a proposta de criação de dez mil hortas em escolas e terrenos da coletividade. “As hortas da Expo” irão envolver cerca de 20 mil estudantes. Eles poderão retomar ou ter, pela primeira vez, um contato direto com a sabedoria rural, com a cultura da terra, tão cara à Itália de ontem, hoje e amanhã.

Sindicato psicológico
O poderoso sindicato CGIL abre as portas para ajudar os pais em dificuldades com os filhos, principalmente. Em tempos de crise — com as famílias em grande dificuldade e com as consultas em torno dos cem euros — criou-se uma força tarefa de 25 psicólogos para atender àqueles com problemas de relacionamento, muitas vezes, provocados pela perda do emprego. As três primeiras consultas são gratuitas. Espera-se que sejam suficientes para encaminhar bem a questão. O serviço era oferecido pela prefeitura de Milão, mas foi cortado por conta da lei da revisão de gastos imposta pelo governo italiano.

Boas promessas
Milão virou o ano com boas intenções no rastro de importantes ações. A nova linha M5 do metrô, a Lilla, vai entregar duas novas paradas: Isola e Porta Garibaldi. A abertura dos ginásios das escolas de ensino médio, fora do horário escolástico, é uma medida bem-vinda em nome da saúde e do esporte. E, finalmente, renasce a Darsena, o histórico porto de Milão, usado para o transporte das pedras durante o processo de construção do Duomo. Depois de décadas de abandono, torna-se um farol do resgate urbano da cidade.