Comunità Italiana

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Hospitalidade difusa
O mercado imobiliário de Milão acorda para uma possibilidade contra a crise. Depois da incursão cada vez mais profunda de Airbnb, os proprietários de imóveis, avessos ao aluguel em longo prazo, podem desfrutar de outra forma de valorizar o apartamento. O grupo milanês Italianway, já com cem apartamentos na carteira, propõe a fórmula de uma diária e administra os bens como se fossem quartos de hotel. O cliente aluga pelos dias necessários e pode ter à disposição a entrega de compras em casa, um cozinheiro, bilhetes para espetáculos e reservas em restaurantes. Tudo com fatura e o pagamento de 25% do valor do aluguel ao grupo administrador deste novo conceito de “hospitalidade difusa”.

Droga nipo-brasileira
A polícia de Milão a chamava de “banda dos japoneses”. Olhos puxados, cabelos negros e japoneses à primeira vista, mas brasileiros após um acurado controle de passaporte. Iizuka, Toshiaki, Ishikawa e Isogi são alguns nomes dos traficantes presos durante recente operação. A banda voava de São Paulo para Milão com uma boa frequência, e trazia a droga, cocaína, escondida dentro de computadores. Os nisseis ou sanseis abasteciam os mercados de Milão, Monza e Sesto San Giovanni, cidades da zona metropolitana da capital da Lombardia, além de Nápoles. O grupo foi preso em um hotel e vinha sendo seguido já fazia um bom tempo.

Milão-Los Angeles
A conexão Milão-Los Angeles passa pelas mãos talentosas do alfaiate, costureiro, designer e estilista Giorgio Armani. Na festa do Oscar, o rei da moda vestiu Charlotte Rampling, Russel Crowe, Cate Blanchett e Leonardo di Caprio, entre outros, que brilharam no Dolby Theatre, em Hollywood. As categorias do cobiçado prêmio são muitas, mas, se tivesse aquele dedicado à elegância, Giorgio Armani seria o escolhido. Desde os tempos da jaqueta de American Gigolo, que catapultou ao estrelato o ator Richard Gere, o estilista milanês de adoção está sempre no palco da maior festa do cinema.

Inverno de gás
Milão passou o inverno, que ainda não terminou, numa escalada sem fim de partículas em suspensão e nocivas para a família. Como sempre, quem salvou a qualidade do ar foram as chuvas providenciais, que se transformam em pingos ácidos. Rodízios de carros e redução da temperatura dos aquecedores das casas são as sólitas medidas políticas para livrar a face da administração pública. Nesta época do ano, Milão vira uma câmera de gás ao ar livre, por mais paradoxal que possa parecer.

Senna em Monza
Ayrton Senna vive na memória dos fãs do automobilismo mundial. Como a legenda não depende de datas, eis que o templo da velocidade por excelência, o autódromo de Monza, apresenta uma mostra com cem fotografias do ás do volante, morto em 1994, na curva Tamburello, no Gp de Imola, em San Marino. As imagens são do renomado fotógrafo Ercule Colombo e os textos, do jornalista e escritor Giorgio Terruzzi, autor do livro A última noite de Senna. Muitas das fotografias são inéditas e revelam um Senna jovem e brincalhão, além do piloto com seus amigos e adversários de pista, como Gerard Bergher e Alain Prost. A mostra vai até o dia 24 de julho.