Trens urbanos
A vida de quem usa os trens da Lombardia, todos os dias, vai ficar menos tumultuada, para usar um eufemismo. A Expo 2015 é uma boa desculpa para desatar os nós da falta de pontualidade e da modernização da frota. Com 4 mil empregados e 2.300 trens por dia em 10 linhas suburbanas e 48 regionais distribuídas por uma rede com 1.920km, por onde circulam 670 mil passageiros ao dia, finalmente, a Trenord promete entrar nos trilhos, com a chegada de novos trens e de uma administração mais eficiente.
Voluntariado e aluguel
A capital lombarda procura resolver a falta de pessoal barganhando com os jovens. A proposta política que tem feito sucesso prevê a troca de horas de trabalho voluntário pelo aluguel de 300 euros das casas populares. A licitação pública promete 24 apartamentos, de 23 metros quadrados, para jovens entre 18 e 30 anos. Além da faixa etária, o candidato deve ter uma renda de 1.500 euros mensais e assinar a obrigação de dedicar dez horas ao voluntariado, por mês, no quarteirão de moradia. A seleção do projeto Ospitalità Solidale vai anunciar os vencedores em setembro. O prazo para se candidatar vai até 7 de agosto.
Milão solidária
Desde o dia 13 de maio, a cidade recebeu e acolheu 2.343 refugiados da Eritreia. A eles, somam-se os 10.600 sírios que transitam pela capital e lotam os centros de acolhimento. O problema é que nenhum deles faz o pedido de asilo, pois seriam “condenados” a permanecerem no país onde o registraram. Todos apostam na possibilidade de seguir viagem rumo à Alemanha e aos países do norte. Nos centros, eles ficam cerca de uma semana, reorganizando as forças para a longa travessia rumo a um futuro melhor.
Droga milanesa
O combate ao mercado da droga em Milão não dá trégua à polícia e aos traficantes. Segundo dados da Direção Central para os Serviços Antidrogas, a apreensão de maconha na região da Lombardia cresceu 15 vezes nos últimos dez anos. Se em 2003 foram apreendidas 150 toneladas, no ano passado, a quantidade foi 2.152. Já a cocaína, a heroína e o haxixe apresentam queda na apreensão.
Doce exílio
Eles dedicaram uma vida ao trabalho, na Itália. Agora, com a aposentadoria no bolso, voam para destinos exóticos, apenas com o bilhete de ida. Quase 500 mil aposentados italianos vivem em terras estrangeiras, mais baratas e, de preferência, mais calorosas, nos dois sentidos — o climático e o social. Mais do que a terceira idade, eles começam, ou melhor, recomeçam a terceira juventude nas ilhas Canárias, no Brasil e até na Austrália.