Comunità Italiana

milão

Curry, ou melhor, McCurry
As fortes imagens da Índia desembarcam nos imponentes salões da Villa Reale, em Monza. A mostra é dedicada ao fotógrafo Steve McCurry, autor do célebre retrato da menina afegã que virou a famosa capa da revista National Geographic, quase 30 anos atrás. A exposição reúne as suas fotografias mais conhecidas, nas quais transparece o domínio absoluto do uso das cores e a revelação da condições humana, social e ambiental que aparecem nas imagens capturadas ao longo de uma vida dedicada à fotografia. A cenografia da mostra explora as dimensões reais dos aposentos da Villa Reale e, em alguns casos, usa escadas como elementos de cena e pendura os painéis fotográficos no alto de uma das salas, dando ao espectador e visitante o mesmo ponto de vista do fotógrafo ao realizar a foto.

Contagem regressiva
A Exposição Universal de Milão não economiza nos gastos com a comunicação. Anúncios na televisão, nas estações de rádio, na internet e principalmente nas redes sociais vão consumir cerca de 50 milhões de euros, sendo 15 em  publicidade em terras estrangeiras. Somente da China, devem vir para o evento 1 milhão de visitantes. O canteiro de obras está quase pronto, ou seja, 80% do total. Os outros 20% serão concluídos em pleno inverno. Para isso, a Expo já elaborou um plano para amenizar os efeitos de nevascas fortes e manter o ritmo das obras.

Quentinha chique e solidária
O italiano não tem o hábito de deixar comida no prato, principalmente nos restaurantes… Ou melhor, não tinha. Para combater o desperdício e romper com o tabu de pedir ao garçom para preparar uma quentinha com as sobras, a Câmara de Comércio de Monza e o Consórcio para as Embalagens Recicláveis estão promovendo a campanha Tenga il Resto — um jogo de palavras no qual resto significa troco e, ao mesmo tempo, sobra. Vinte e cinco restaurantes aderiram à campanha. Na pior das hipóteses, a quentinha pode ser dada a um sem-teto. Cem mil embalagens já foram entregues aos restaurantes.

Insubordinação civil
O prefeito de Milão, Giuliano Pisapia, se recusa a cancelar as transcrições públicas dos casamentos efetuados no estrangeiro entre pessoas do mesmo sexo. A decisão é contrária à determinação do ministro do Interior, Angelino Alfano. Para Pisapia, a lei italiana, além de não fazer nenhuma alusão à proibição do casamento gay, até porque o ignora, obriga o município a registrar as uniões civis celebradas no exterior. É um ponto final na absurda polêmica acesa em busca do voto fácil dos eleitores católicos tradicionais.

Galeria reformada
A maquiagem da Galleria Vittorio Emanuele continua a todo o vapor, sem atrapalhar a vida dos comerciantes e despertando a curiosidade dos frequentadores. A obra de restauração, com término previsto para a primavera de 2015 — após 13 meses de trabalho — está sendo realizada com um andaime especial. Os 14 mil metros quadrados de fachada estão sendo reparados por operários e técnicos especiais que ocupam o alto desta plataforma, dia e noite. A previsão é de renovar três vitrines (lojas) a cada movimento da gigantesca geringonça.