Expo 2016
A novela sobre o uso da área Expo continua em meio a polêmicas sem fim. Normal, sendo a Itália como é. Pelo menos se discute à sombra da bela Árvore da Vida, criada por Marco Balich, mestre de cerimônias da Olimpíada do Rio de Janeiro, que foi novamente acesa para o deleite de quem não teve a chance de fazer um selfie diante da obra-prima de jogos de luzes e sonoridade espetacular. Também foi reaberto o Palazzo Italia com a belíssima mostra “Hino à beleza”. Já a Cascina Triulza, que nunca fechou os batentes desde o fim da Expo, apresenta uma mostra multimediática sobre os projetos de requalificação da ex-área Expo, realizados por 70 profissinais de diferentes países e que deverão ser levados em conta para o masterplan futuro da zona.
Milão decola
A Câmara de Comércio de Milão comemora a retomada do crescimento econômico da cidade. Em um ano, foram criadas sete mil empresas. A taxa de crescimento local foi de 2%, o triplo da média nacional, uma força de trabalho que atinge 1,4 milhões de pessoas e um PIB de 151 bilhões de euros, 1,5% superior ao do ano passado. Porém, a celebração desta retomada não tem fogos de artifício porque o desemprego entre os jovens é muito alto: 22%. Boa parte disto pode ser debitada na inundação de liquidez produzida pelo efeito Expo, que gerou cerca de 2 bilhões de euros no território.
Milão-Londres
A saída da Inglaterra da União Europeia abriu a possibilidade de transferir a Autoridade Bancária da UE para Milão. Pelo menos, este é o sonho do novo prefeito eleito, Giuseppe Sala. O enfraquecimento da praça londrina deve ser ainda comprovado, mas os mercados puniram severamente a decisão da Inglaterra de abandonar a UE. O referendo, a princípio, foi um tiro no pé e muitas empresas multinacionais estão já avaliando a possibilidade de bater em retirada e procurar outros portos seguros sob o guarda-chuva da União Europeia. A cidade de Milão se candidata a receber estas transferências, com tapete vermelho, vinho da melhor qualidade e uma gastronomia sem igual.
Shopping imobiliário
Milão está sendo alvo de grandes manobras imobiliárias no centro da cidade. O fundo Hines, americano e responsável, com o italiano Manfredi Catella, pela operação de Porta Nuova, com 24 prédios e investimento da ordem de 2 bilhões de euros, está rastreando imóveis de luxo no centro histórico. E abriu a carteira para tirar 160 milhões de euros e comprar e reformar o Palazzo Sorgente, além de outros 50 milhões pela sede da marca Gucci, com mais 10 para a restruturação. O poder de fogo do fundo Hines apontou as suas baterias ainda para a zona do quadrilátero da moda e deu ao jovem executivo Mario Abbadessa, de apenas 32 anos, ex-braço direito de Manfredi Catella, 600 milhões de euros como orçamento para novas aquisições. Ainda faltam gastar 200.
Armani vai de Bugatti
O estilista Giorgio Armani criou uma coleção de objetos e roupas inspiradas e cooperadas com a Bugatti, marca automobilística francesa e líder na fabricação de carros de categoria super-sport. Artesanato e exclusividade são os ingredientes que unem as duas grifes, famosas no mundo inteiro e sinônimo de luxo e elegância refinada, sem tempo. As cores verde-oliva, couro e azul Bugatti estão distribuídas nos blusões, jaquetas e capotes, além de sneakers, e acessórios como bolsas e cintos e porta IPad e carteira, tudo da linha “capsule collection” lançada para a coleção outono/inverno 2016/17. Os artigos de superluxo, feitos à mão, trazem o logo Giorgio Armani for Bugatti, não têm erro, e podem ser vistas ou compradas apenas em algumas boutiques Giorgio Armani ou em selecionadas lojas Ettore Bugatti.