A juíza de Milão, Giuseppina Barbara, decidiu abrir um processo contra 15 acusados, incluindo as empresas Eni e Shell, pelo suposto pagamento de uma “mega propina” para a exploração de um campo petrolífero na Nigéria em 2011
Entre os acusados, estão o CEO da petrolífera italiana, Claudio Descalzi e o executivo e ex-CEO da Eni Paolo Scaroni.
De acordo com a denúncia, Descalzi é acusado de corrupção internacional enquanto a Eni responde pela violação da lei 231 de 2001, que trata sobre a responsabilidade das empresas sobre os crimes de seus funcionários.
As investigações apontaram o pagamento de US$ 1,3 bilhão por parte dos dois grupos a entidades públicas e políticos nigerianos para concretizar a negociação
“O Conselho de Administração da Eni tomou ato da decisão da juíza de audiência preliminar do Tribunal de Milão que decidiu pelo processo contra a sociedade, de seu CEO e de alguns executivos pelo crime de corrupção internacional no caso da compra, em 2011, de uma cota na licença denominada OPL245 na Nigéria”, informou a nota da empresa.
Segundo a Eni, há a “máxima confiança” de que os dirigentes da empresa não cometeram o crime até porque, lembra a empresa, “foram feitas verificações por consultores independentes, encarregados de examinar todos os atos e a documentação depositada no fechamento das investigações da Procuradoria de Milão”.
O cda ainda ressaltou que a empresa “é estranha às condutas de corrupção contestadas”. A primeira sessão do processo foi marcada para o dia 5 de março na 10ª Seção Penal do Tribunal.