Segundo a prefeita Letizia Morati, a portaria, que multa em 450 euros quem vender ou comprar produtos alcoólicos, serve para combater a embriaguez em lugares públicos.
"Não é punitiva. O objetivo é enviar uma mensagem para os jovens e suas famílias e para lembrá-los que o álcool é ruim para eles", explicou Moratti.
Grande parte dos proprietários de bares em Milão mostrou-se favoráveis à proibição, mas disseram acreditar que a medida não irá impedir completamente os menores de beber.
"Vamos pedir para ver os seus documentos, mas o problema é que os adolescentes mais velhos vão comprar bebidas para os mais jovens, e será muito difícil controlar", comentou Gianluca Corziatto, dono de um estabelecimento.
Por sua vez, o prefeito de Salerno, Vittorio Sgarbi, criticou a lei, explicando que é necessário educar os jovens para poderem beber vinhos italianos. "Limitar o vinho é como limitar o pão", defendeu, baseando-se na cultura italiana.
Já o parlamentar Saverio Romano disse que apresentará um projeto para estender a medida ao país inteiro.
De acordo com um relatório do Ministério da Saúde da Itália, 20% dos italianos com idades entre os 11 e 15 correm o risco de abusar do álcool, enquanto na faixa etária de 11 a 17 cerca de 740 mil menores excessivamente.