Comunità Italiana

Milão

Moda I
A Semana da Moda Masculina de outono-inverno 2012/13, tradicionalmente realizada durante sete dias, foi reduzida a quatro. Os desfiles aconteceram em prédios históricos da cidade e espaços privados, como o Teatro Armani e o cinema de Dolce&Gabbana. Trouxeram às passarelas sobretudos românticos e roupas que demonstram elegância e força com muita sobreposição de peças à vista, como a camisa sob o colete dentro de um blazer, por sua vez, parcialmente coberto por um trench, tendo um sobretudo por cima, e ufa! É a moda da cebola chique. E tudo sem um fio de nylon.

Surrealismo italiano
Não deverá ser mais realizado o Museu de Arte Contemporânea projetado pelo arquiteto Daniel Libeskind, no quarteirão Citylife, mas, sim — e talvez — na área daquela que era a fábrica Ansaldo. Em compensação, ali mesmo, estão em andamento as obras do Museu das Culturas, cuja abertura está prevista para a próxima primavera — com 2.100 metros quadrados de área construída, teatro e biblioteca com capacidade para 300 lugares. Os doadores de obras para ambos os museus estão em pé de guerra pela falta de informação da prefeitura de Milão. Espera-se apenas que o acervo de um e de outro não se misturem e não fiquem esquecidos nos depósitos espalhados pela cidade no meio deste imbróglio kafkiano.

Moda II
Os funcionários do grupo Armani que ganham menos de 35 mil euros por ano receberam um bônus de mil para começarem o ano novo. A notícia vazou da ex-Simint de Baggiovara, no Modenese, adquirida pelo estilista em 2001. O mesmo benefício foi aplicado aos dependentes das outras unidades fabris espalhadas pela Itália. O grupo conta com três mil funcionários. A direção da empresa não fez nenhum anúncio sobre esta iniciativa, limitando-se a confirmá-la. É o reconhecimento à sensibilidade de quem combate a crise com criatividade e inteligência. Se a moda pega…

Identidade italiana
Quantos, quem são, como e onde vivem os italianos? Eis algumas perguntas cujas respostas as autoridades do país estão trabalhando para obter. A operação do censo chegou à fase final com 165 mil famílias milanesas que ainda não entregaram os formulários. Os questionários devem ser entregues através dos correios ou da internet até 29 de fevereiro. O governo vai aplicar multas para quem não respeitar os prazos. Depois da avalanche de entregas provocando pane nos sistemas e filas nos correios, os italianos “sofrem” a síndrome da eterna última hora.

Milão combate o smog
O centro da cidade de Milão vai cobrar a entrada de 90% dos carros que circularem naquela área. Quase oitenta mil veículos pagarão um pedágio de 5 euros para ter acesso e direito a duas horas de estacionamento gratuito. E a multa para quem entrar sem o ticket vai ser de 76 euros. O objetivo é reduzir a poluição do ar no centro histórico e remediar o fracasso da iniciativa do ecopass, instaurado em 2008 pela administração anterior. Uma frota de 14 ônibus e 11 bondes já está em alerta para aliviar os meios públicos que não derem conta da quantidade de motoristas que deixarem os carros nas garagens.