Buraco
A linha 5 do metrô milanês não vai sair do buraco dentro do tempo previsto. Ela deveria ser entregue à população em outubro. Ao que tudo indica, a abertura do novo trecho Zara-Bignami poderá ocorrer em novembro. Sete estações, cinco quilômetros e cortes de 30% no orçamento e depois a luz no fim do túnel, tão forte quanto a de uma vela perto do fim do pavio. Já a segunda parte da linha… é melhor nem dizer agora.
Rota invertida
Não é uma novidade o fato de que os europeus estão se mundando de malas e cuias para o Brasil. Mas o crime que era cometido aqui também está sendo cometido aí. O casamento por interesse para conseguir um visto de residência no Brasil pode custar algo em torno dos € 1.200, cerca de R$ 3 mil. Uma pechincha perto dos € 5 mil cobrados em solo italiano quando eram os(as) brasileiros(as) que pagavam por um amor “legal” através de advogados sem escrúpulos. No Brasil, se o crime for descoberto, a pena é de até cinco anos de prisão, seguida de expulsão do país.
Numa fria
A locomotiva econômica italiana, a região da Lombardia, dá sinais de grande sofrimento por conta da crise. Nos primeiros sete meses deste ano, o volume de demissões aumentou em 25% comparado com o igual período do ano passado. Isto significa que 37 mil trabalhadores foram mandados embora, sendo 12 mil das grandes empresas e o restantes das pequenas e médias que são suas forncedoras imediatas.
Migração
Se a coisa está ruim ao norte, imagina ao sul. De qualquer forma, os dados das estatísticas nacionais apontam Milão como o principal destino de quem busca abrigo. A curiosidade é que, dos novos migrantes que declararam residência neste primeiro semestre — 6.607 pessoas no total — dois em cada três recém-chegados cruzaram a “fronteira” lombarda vindos de outras regiões do norte do país e não do sul, como acontecia até há algumas décadas. Sinal de que, quando o norte começa a migrar, é porque não tem mais para onde correr.
Férias domésticas
Mais da metade dos milaneses ficou em casa durante uma semana em que, normalmente, a cidade ficava vazia. A famosa semana de Ferragosto, de 13 a 19 de agosto, contabilizou cerca de 600 mil residentes que não viajaram para fora. O mais grave é que as lojas que permaneceram abertas neste período não registraram nenhum aumento nas vendas. Ou seja, o milanês não apenas ficou em casa como também esvaziou a geladeira com o que tinha dentro sem repor ou consumir nada na rua.