Velocidade máxima
Os trens de altíssima velocidade da linha italiana poderão chegar a 400 quilômetros por hora. Na última feira do transporte sobre os trilhos, a Innotrans, em Berlim, as autoridades italianas apresentaram o Frecciarossa 1000. O “bólido” foi construído pela Ansaldo Breda e Bombardier Italia. Com etapas em Milão, Nápoles, Bolonha e Florença, a ferrovia estatal vai promover um road show. O objetivo é atrair o maior número de clientes possível, já que a companhia concorrente, a Italo, do empresário Luca di Montezemolo, está atropelando o antigo monopólio, com uma frota moderna e capaz de viajar de Milão a Roma em apenas 2 horas e 35 minutos.
Câmera de gás
Milão é uma câmera de gás ao ar livre. O ano ainda não terminou e o inverno ainda não chegou, mas a cidade já superou o nível de alarme máximo por conta das partículas em suspensão. Em diferentes pontos da capital da Lombardia, o limite de 50 microgramas por metro cúbico foi superado. De nada adiantaram as últimas chuvas e a proibição da circulação de carros num domingo de verão. Como os aquecedores dos prédios estão desligados, a culpa é do tráfego de automóveis. Uma renovada frota de carros elétricos e a obrigação do uso de termo-reguladores para os aquecedores dos edifícios são as armas afiadas para reduzir pela metade a poluição na cidade até 2015, ano da Expo. Quem sobreviver verá.
Crise
Os números não deixam dúvidas. A crise conseguiu unir dois grupos que, a princípio, deveria estar bem distantes entre si. Quem se formou agora nas universidades está conseguindo alguma vaga apenas na economia informal. Nos próximos 12 meses, 4% dos novos profissionais no mercado irão pegar no batente sem um contrato oficial. Em um ano, este índice subiu 2,2%. Traduzidos em números reais, estes 4% significam mil empregos. Em 2011, o sistema regional da Lombardia abriu as portas para 33.453 novos formandos, contra 35.308 do ano anterior. Os dados foram o resultado de uma pesquisa da empresa Formaper, associada à Câmera de Comércio, com a colaboração da universidades locais. Os setores mais atingidos são o bancário e o da administração pública.
Tiro n’água
O setor náutico italiano vive uma verdadeira diáspora. Os barcos do país escapam para o exterior. Os armadores fogem da receita. O governo recebeu € 24 milhões, contra a previsão de arrecadar € 150 milhões cobrando as taxas anuais de € 800 para veleiros e iates que possuem entre 10 e 12 metros de comprimento, até os € 25 mil para embarcações acima dos 64 metros de extensão. Das 150 mil vagas nas marinas do país, 15% esvaziaram de uma temporada a outra. Os proprietários rumaram para outros portos na França e na Croácia, principalmente, além da Grécia, Malta e Tunísia. Quando a maré acalmar pode ser que eles retornem.
Mercado das esmolas
A polícia municipal de Milão desmantelou uma rede de traficantes de pessoas diversamente hábeis da Romênia. Os mutilados eram trazidos por criminosos e obrigados a pedir dinheiro nas esquinas das ruas. Depois, eram tratados como animais em abrigos improvisados nas periferias da cidade. O pior é que, uma vez “salvos” e identificados, eles se recusam a receber ajuda. A falta de confiança no próximo impede até mesmo que alguns deles aceitem a oferta de transporte rumo à terra natal. O problema é que, em muitos casos, a própria família os “vendeu” para as organizações mafiosas. Dos 32 mendigos romenos, apenas 20 voltaram de onde vieram.