O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, reagiu hoje às críticas que vem sofrendo por causa dos resultados da economia italiana e suas consequências e declarou que elas "devem fazer refletir quem levou a economia para este estado", sem dar mais detalhes.
Ele negou que estivesse falando sobre os suicídios de italianos endividados, sobre os quais "não me permitirei falar em um momento como este", mas de "consequências humanas", e "não me refiro a nenhum governo em particular", acrescentou.
O chefe de Governo italiano reconheceu que o estado da economia de seu país é "dramático" e resultado, segundo diagnosticou ele, da "insuficiente atenção prestada no passado às escolhas de longo prazo para as reformas estruturais".
Monti insistiu, porém, que "o governo que trabalha para imaginar todo tipo" de consequência "deve também se perguntar" se o "alívio imediato da pressão sobre o saneamento" das contas públicas "não acabaria levando a consequências humanas ainda maiores no médio prazo".
O premier ainda anunciou que está conversando com seus interlocutores no governo alemão para a adoção de novas medidas com relação aos investimentos públicos para retomar a "capacidade produtiva" da Europa. (ANSA)