A ideia da empresa brasileira Embraco de transferir sua fábrica em Riva presso Chieri para a Eslováquia tem causado polêmica na Europa.
Com o desemprego atingindo 11% dos italianos, a demissão de 497 funcionários da empresa de compressores fez com que o ministro do Desenvolvimento Econômico, Carlo Calenda, recorresse à Comissão Europeia para a Competição com o objetivo de tentar impedir a mudança.
“Estamos trabalhando em dois níveis, um é a re-industrialização, mantendo a mesma produção ou diversificação, que no futuro imediato atenderá aos potenciais investidores”, explicou Calenda.
Mesmo assim, o presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani, fez duras críticas à Eslováquia. “Esta é uma concorrência desleal, esta não é a Europa que queremos”, porque “os fundos europeus não podem ser usados para promover a deslocalização”.
Para Tajani, o caso das demissões da Embraco é “inaceitável e mostra por que razão a Europa precisa mudar rapidamente”.
A empresa brasileira produz compressores para refrigeradores das marcas da Whirlpool e, há 10 anos, empregava mais de mil pessoas. A demissão em massa causou diversos protestos dos funcionários, inclusive, alguns se acorrentaram nos portões da companhia. No início do mês, até o papa Francisco incentivou os trabalhadores a “continuarem a lutar pela defesa de seus postos de emprego”. (ANSA).