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Muito além da visão

16 de março de 2016 - Por Comunità Italiana
Muito além da visão

Muito além da visãoMostra multissensorial em cartaz no Rio e em São Paulo desafia o público a explorar diferentes ambientes totalmente escuros, utilizando apenas três sentidos: tato, audição e olfato

E se nos encontrássemos de repente em um ambiente totalmente escuro? O que faríamos? A primeira sensação de quem visita o primeiro ambiente da mostra multissensorial Diálogo no Escuro é de angústia, uma sensação de estar perdido, que passa rapidamente, alguns segundos após ouvirmos a voz do guia, um deficiente visual, que é a pessoa que acompanha os visitantes para desvendar um mundo totalmente diferente.
— A angústia se transforma em curiosidade. Você entra em diversos ambientes no escuro completo, onde a visão é substituída pelos outros sentidos, a audição, o tato e o olfato, que guiam você nesse percurso. São três salas com quatro ambientes — explica à Comunità Luiz Calina que, junto à esposa Andréa, trouxe para o Brasil a exposição idealizada pela Dialogue Social Enterprise.
A exposição rodou o mundo: foi apresentada em 39 países.
— Em São Paulo, foi inaugurada em agosto. Era para terminar em fevereiro, mas a prorrogamos até julho devido ao sucesso! — comenta, contente, Calina.
Em Diálogo no Escuro não há quadros expostos, nem obras monumentais.
— Usar a palavra exposição parece uma contradição. Porém, estamos mostrando algo: como é a vida de um deficiente visual, quais são as dificuldades que eles sentem e como você pode ajudá-los. Não se chama de Diálogo no Escuro à toa, pois, no último ambiente, é possível conversar com o guia, fazer perguntas e tirar dúvidas — destaca o curador.
O público é dividido em grupos de até oito pessoas e o passeio dura 45 minutos. A experiência desafia o visitante a perceber o mundo de outra maneira. Há uma inversão de papéis: aqueles que enxergam se encontram fora de sua zona de conforto, enquanto os guias indicam com segurança como devem se orientar em um mundo sem imagens.
— Quando a gente está no lugar deles, ficamos completamente perdidos, cegos em relação a tudo. Essa experiência faz a gente reaprender a enxergar de verdade, pois enxergar vai além da visão — avalia Julia de Azevedo Otero, que visitou a mostra no Rio.

Laura Gorni: de visitante da mostra à sócia da empresa
A exposição foi desenvolvida em 1988 pelo filósofo Andreas Heinecke, após uma experiência pessoal que mudou sua maneira de ver o mundo dos deficientes. Da mesma forma, a especialista em história da arte Laura Gorni se apaixonou pelo projeto após ter visitado a mostra na Áustria em 1997 e ter conhecido o seu guia Antonio, um deficiente visual.
— Ele me abriu os olhos! Na escuridão e com a ajuda de Antonio, entendi que a beleza se enxerga com o coração e com todos os sentidos, e não apenas com a visão. As pessoas no escuro são mais próximas, mais autênticas — relata à Comunità Gorni, que se tornou braço direito do fundador e COO da Dialogue Social.
A mostra foi pensada para se adaptar ao contexto de cada cidade. No Rio, por exemplo, foram recriados vários ambientes, como parque, feirinha e até uma praia. De acordo com Gorni, o fato de o visitante reconhecer a própria realidade torna a emoção mais intensa.
— Antes da mostra, não conhecia cegos pessoalmente. Agora, tenho muitos colegas e amigos. Nunca teria imaginado que um cego pudesse viajar e viver sozinho, cozinhar, passar roupa e até dirigir! A minha amiga Daniela dirigiu o meu carro em um estacionamento, ela me contou depois — ri a italiana, que quer levar a mostra para outras cidades do Brasil.   

SERVIÇO
Diálogo no Escuro
Rio de Janeiro:
Até 30 de outubro de 2016
Museu Histórico Nacional
Praça Marechal Âncora, s/n – Centro

São Paulo:
Até 17 de julho de 2016
União Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Social (UNIBES)
Rua Oscar Freire, 2.500 – Pinheiros

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.