BIANUAL

BIANUAL

A partir de
Por R$ 299,00

ASSINAR
ANUAL

ANUAL

A partir de
Por R$ 178,00

ASSINAR
ANUAL ONLINE

ANUAL ONLINE

A partir de
Por R$ 99,00

ASSINAR


Mosaico Italiano é o melhor caderno de literatura italiana, realizado com a participação dos maiores nomes da linguística italiana e a colaboração de universidades brasileiras e italianas.


DOWNLOAD MOSAICO
Vozes: Cinco <br>Décadas de Poesia Italiana

Vozes: Cinco
Décadas de Poesia Italiana

Por R$ 299,00

COMPRAR
Administração Financeira para Executivos

Administração Financeira para Executivos

Por R$ 39,00

COMPRAR
Grico Guia de Restaurantes Italianos

Grico Guia de Restaurantes Italianos

Por R$ 40,00

COMPRAR

Baixe nosso aplicativo nas lojas oficiais:

Home > Mulheres em movimento

Mulheres em movimento

30 de novembro de 2016 - Por Comunità Italiana
Mulheres em movimento

Mulheres em movimentoAs consagradas atrizes Monica Bellucci e Margherita Buy analisam o atual momento do cinema italiano e o papel da mulher na sétima arte

Um fato chamou atenção na 73ª edição do Festival de Veneza: a grande quantidade de filmes protagonizados por mulheres. Bastante incomum, a situação deu voz e vez às atrizes, que puderam comentar, ao longo do Festival, sobre a importância dos personagens femininos. Duas vozes das mais atuantes neste sentido são as italianas Monica Bellucci e Margherita Buy. Bellucci, de 52 anos, considerada uma das mulheres mais bonitas do mundo, relembrou como foi difícil se firmar como atriz.
— A beleza, sem dúvida, me ajudou. Mas eu precisava mostrar que não era só isso — comentou em entrevista à Comunità.
Sua contemporânea, Margherita, de 54 anos, construiu uma carreira de filmes de sucessos e, ao contrário de Monica, fugiu de papéis que a associassem à “beleza da mulher italiana”.
— Não tenho perfil para isso, nem queria ser lembrada por esse tipo de personagem — relatou.
As duas atrizes são unânimes ao afirmar que existem dificuldades para se conseguir bons papéis femininos, algo que vem mudando nos últimos anos. Monica Bellucci, que lançou em Veneza o filme sérvio On the Milky Road, de Emir Kusturica, preferiu traçar uma carreira internacional em busca de personagens melhores.
— Nunca foi meu objetivo fazer apenas filmes comerciais, mas aceitei e continuarei aceitando papéis que me desafiam. Se esses estão em Hollywood ou em outros filmes europeus que não sejam italianos, eu vou fazê-los.
Já Margherite Buy, que em Veneza interpretou a mãe de uma das protagonistas do longa Questi Giorni, de Giuseppe Piccioni, acredita que até o tradicional papel da mamma italiana pode ser diversificado.
— A mulher mudou porque o mundo mudou. E o cinema já olha atentamente para isso. A mulher e a mãe de hoje são diferentes, e acho que conseguimos representar bem isso — definiu.

Para Bellucci, Hollywood foi um “caminho natural”
Com sete prêmios David de Donatello (o Oscar italiano) de melhor atriz, Margherita Buy preferiu não fazer carreira longe da Itália, como Bellucci.
— Meu inglês nunca foi bom o suficiente para isso. E, confesso, sempre tive medo de mudanças — disse a tímida atriz, acrescentando que, mesmo assim, está satisfeita com sua carreira. Ela acredita que fez bons filmes.
— Acho que tive a oportunidade de interpretar mulheres marcantes no cinema. Mesmo nunca fazendo produções em Hollywood, estou feliz com minha carreira — avalia.
Já Monica Bellucci preferiu trilhar o caminho mundo afora. Primeira Bond-Girl madura; coadjuvante em um dos filmes da trilogia Matrix; Maria Madalena em Paixão de Cristo, de Mel Gibson: ela é a italiana do cinema mais famosa do mundo na atualidade. A escolha por Hollywood, segundo ela, foi natural.
— Falo inglês, francês e espanhol, por isso fazer filmes em outros idiomas nunca foi problema. À medida que os convites foram surgindo, eu aceitei. Hoje, percebo que foi algo natural, e pretendo continuar trabalhando dessa forma, em vários países, com diretores de diferentes nacionalidades.
Para Monica, o cinema italiano vive um momento de renovação, mas ela evita fazer qualquer análise a respeito.
— Acho que, de um modo geral, o cinema está sempre se renovando, e isso acontece também com o cinema italiano —comenta, evitando se aprofundar no assunto. Em um passado não muito distante, a atriz criticou o cinema realizado no Belpaese e, desde então, evita novas polêmicas. Posição oposta à de Buy, que, ao longo dos anos, se tornou a favorita de diretores como Nanni Moretti e o próprio Giuseppe Piccioni, que a acompanhou em Veneza.
— O cinema italiano tem sempre algo novo para apresentar. Em Questi Giorni, por exemplo, o centro do filme são quatro jovens descobrindo a vida adulta. Já fiz outros filmes que mostraram situações atuais que vivemos, como Eu e Ela, que falava do relacionamento lésbico. Então acredito que, cada vez mais, o cinema tem essa função contemporânea. Não é levantar bandeiras, mas mostrar o que está acontecendo ao nosso redor — concluiu.

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.