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Negócios aceleram mesmo com a crise

02 de julho de 2013 - Por Comunità Italiana
Negócios aceleram mesmo com a crise

02A13AKP PBRelatório que acaba de ser publicado pela Embaixada italiana revela que as relações comerciais entre os dois países mais que dobraram nos últimos 10 anos

O intercâmbio comercial entre Brasil e Itália cresceu 170% entre 2002 e 2012, período que engloba o boom brasileiro e a crise europeia. É o que mostra o relatório que a Embaixada da Itália acaba de publicar. O documento intitulado Contribuição da Itália no Desenvolvimento Econômico do Brasil foi elaborado com dados do Ministério brasileiro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O salto maior no período foi registrado em 2011, com 11,7% de incremento nas trocas comerciais. Atualmente, existem 1030 empresas italianas no Brasil, sendo 813 estabelecimentos produtivos. Isso significa que a Itália é o segundo país em nível mundial e o primeiro da União Europeia em quantidade de empresas.
No mesmo período estudado pelo relatório, as exportações italianas no Brasil cresceram 265%. Para o Conselheiro Econômico e Comercial da Embaixada, Cristiano Musillo, o aumento das exportações representa uma ótima cota de mercado e tem a ver com o próprio crescimento da economia brasileira e com o aumento do poder aquisitivo dos brasileiros, mas pode ficar ainda melhor:
— Acho que temos ainda muito potencial pela frente. As empresas podem trazer para o Brasil tecnologias, formação, expertise, mão de obra especializada… A Itália e o Brasil são economias complementares, que não têm setores de concorrência — frisou em entrevista à Comunità.
Os produtos italianos exportados ao Brasil são caracterizados por um elevado valor agregado, já que 37% do total é representado por maquinários e componentes industriais, setor que Musillo chama de “transversal”. Depois dos maquinários e componentes industriais, destacam-se os produtos dos setores automotivo (17%) e químicos (8%).

Pequenas, médias e
grandes apostam no Brasil
Entre as companhias italianas, várias já ocupam posições de destaque no mercado nacional, além de firmarem parcerias com instituições públicas, como Eni, Pirelli, Finmecanica, Tim e Fiat, cujo CEO, Sergio Marchionne, anunciou recentemente um plano de investimentos no Brasil da ordem de R$ 15 bilhões até 2016. Mas, além de gigantes, também existem recém-chegadas de pequeno e médio porte em busca de uma boa fatia no mercado promissor, como a Youtility Center do Brasil, prestes a inaugurar sua filial brasileira no município de Piraí, no interior do estado do Rio. Por intermédio da Câmara Ítalo-brasileira de Comércio do Rio e da Codin, Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro, a prefeitura da cidade ofereceu benefícios fiscais e financiou a construção do primeiro estabelecimento brasileiro da empresa sediada em Roma, que opera há 10 anos na Itália e possui entre seus clientes Tim, Sky, o governo da Região do Lácio, o banco Unicredit e o Instituto italiano de Previdência Social, para os quais oferece serviços de atendimento ao cliente, vendas e back office.
— O Brasil é o primeiro país fora da Itália onde operamos. Aqui, a atividade de call center é muito desenvolvida, mas ainda há muito trabalho a ser feito. Nossa abordagem é qualitativa e esperamos dar a nossa contribuição ao país. Nesse primeiro ano, vamos empregar mais de 700 pessoas, divididas em turnos de seis horas — contou à Comunità o diretor da Youtility, Pier Paolo Pavese. Ele não deixa de citar, porém, o item do qual a maior parte dos empresários estrangeiros reclama: a complicada burocracia brasileira, além do alto custo da tecnologia, que precisa ser importada em grande parte.
Para Musillo, da Embaixada, a colaboração entre ambos os países conta com uma vantagem que outras nações não têm: a afinidade cultural.
— Não é só economia. Existe uma parceria cultural que agiliza e transmite tecnologia, além dos aspectos econômicos. Também temos colaboração política e uma afinidade cultural que existe há séculos. Há 30 milhões de oriundos no país — lembra Musillo.
Os números do relatório ainda confirmam que São Paulo continua sendo o principal destino dos investimentos italianos: o estado responde por metade do bolo. Logo depois, aparecem Rio de Janeiro e Minas Gerais (sede da Fiat), ambos com 10%. Os estados sulistas aparecem logo depois (Rio Grande do Sul, com 6%, Paraná, com 5%, e Santa Catarina, com 4%).
Apesar da alta concentração na região sudeste do país, Musillo comenta que alguns consórcios italianos já estão descobrindo outras oportunidades em regiões como o Nordeste, como nos estados de Pernambuco, Ceará e Bahia, em setores como eólico e exploração de petróleo.
O presidente da Câmara Ítalo-brasileira de Comércio, Indústria e Agricultura do Rio, Pietro Petraglia, que acaba de ser reeleito para um mandato de três anos, afirma que um dos seus objetivos é aumentar a presença do made in Italy no estado fluminense:
— Minha ideia é atrair investimentos não apenas na área de energia, que já é forte com a presença da Enel, da Eni e do Grupo Techint, mas também do setor agroalimentar, forte na Itália, e ainda deficiente no Rio, inclusive através de importação de tecnologia também para indústria leiteira e do pescado — ressalta.

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.