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Home > O ângulo do suspense

O ângulo do suspense

28 de novembro de 2011 - Por Comunità Italiana
{mosimage}Considerado o mestre do terror, o cineasta Dario Argento é homenageado com mostra no CCBB e revela no Rio detalhes do seu estilo peculiar de filmar

Desde sua criação, o Festival Internacional de Cinema do Rio presta homenagem a pessoas que contribuíram para a evolução cinematográfica. Este ano, quem esteve no centro das atenções foi o cineasta italiano Dario Argento, mestre do terror moderno, que ganhou uma mostra dedicada à sua obra — Dario Argento e seu mundo de horror, sob a curadoria de Mario Abbade. Argento esteve no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) para um debate, em outubro.

A mostra resulta de uma parceria do CCBB com o Festival do Rio, com o apoio do Instituto Italiano de Cultura, e levou ao Rio as 31 produções do diretor. Filmes como Suspiria, A Mansão do Inferno, O Retorno da Maldição e Phenomena mostram desejos ocultos, voyeurismo, origens do medo e paranoia, temas sempre presentes na filmografia do cineasta que, aos 71 anos, continua na ativa. Dario Argento foi um dos pioneiros do estilo giallo, subgênero do terror criado na Itália. 

Filho do produtor italiano de cinema Salvatore Argento e da fotógrafa brasileira Elda Luxardo, o cineasta iniciou a carreira escrevendo para revistas como crítico. Estreou no cinema em 1969 como um dos roteiristas de Era uma vez no Oeste, de Sérgio Leone. Argento esteve pela primeira vez no Brasil aos 13 anos. Guarda da época a lembrança de uma cidade que ‘era confusa’.

— Acho que agora as coisas estão em ordem — brincou o diretor, que interrompeu as filmagens de seu novo filme, Drácula 3D, para vir à cidade.
Fã do cineasta britânico Alfred Hitchcock, o mestre do suspense é considerado detalhista ao extremo, mas justifica tamanha exigência atrás das câmeras.

— Todo diretor tem seu próprio estilo e não há como se desvencilhar disso. Meu propósito sempre foi o de fazer bons filmes, não assustar pessoas. Pode assustar, mas esse nunca é o objetivo principal.

Estilo peculiar
No bate-papo com o público no CCBB, que aconteceu após a sessão de Trauma – filme de 1993 estrelado por sua filha Asia Argento — ele tirou fotos, distribuiu autógrafos e revelou seu estilo peculiar de filmar.

— Um posicionamento da câmera de forma a criar pontos de vista absolutamente impensáveis, a importância da trilha sonora na construção da atmosfera, créditos finais com a citação Você acabou de assistir a…, seguido do nome do filme… Tudo isso faz com que as pessoas saibam que é um filme meu — comentou.

Uma de suas contribuições ao cinema de horror foi o uso do rock progressivo em suas tramas, comentou Dario, que destacou o nome de Zé do Caixão na produção brasileira do gênero. Sobre seu novo filme, Argento contou que sempre gostou do livro de Bram Stoker. 

— O personagem se transforma em lobo ou morcego e, talvez, em outras criaturas. Ao mesmo tempo, não acho um personagem violento. Ele é um romântico. Quero dar ênfase ao trágico romance que envolve a história.

Devido ao grau de violência, algumas obras de Dario Argento sofreram diversos cortes, a ponto de ficarem descaracterizadas. Somente depois de alguns anos e com a chegada do DVD e do download, o público pôde conferir sua filmografia na forma original, o que fez com que as novas gerações descobrissem o trabalho do diretor, cultuado por pessoas de todas as idades.

Um dos filmes mais procurados pelo público durante a mostra foi Giallo, Reféns do Medo, de 2009, que traz o vencedor do Oscar Adrian Brody como protagonista. A estudante de jornalismo Ana Carla Souza era uma das presentes na sessão e elogiou o trabalho do italiano.

— Ele tem um olhar diferente para os filmes de terror. Acho bacana essa mostra para conhecermos melhor seus filmes — revelou a jovem, mostrando que Dario Argento está mais atual que nunca.   

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.