BIANUAL

BIANUAL

A partir de
Por R$ 299,00

ASSINAR
ANUAL

ANUAL

A partir de
Por R$ 178,00

ASSINAR
ANUAL ONLINE

ANUAL ONLINE

A partir de
Por R$ 99,00

ASSINAR


Mosaico Italiano é o melhor caderno de literatura italiana, realizado com a participação dos maiores nomes da linguística italiana e a colaboração de universidades brasileiras e italianas.


DOWNLOAD MOSAICO
Vozes: Cinco <br>Décadas de Poesia Italiana

Vozes: Cinco
Décadas de Poesia Italiana

Por R$ 299,00

COMPRAR
Administração Financeira para Executivos

Administração Financeira para Executivos

Por R$ 39,00

COMPRAR
Grico Guia de Restaurantes Italianos

Grico Guia de Restaurantes Italianos

Por R$ 40,00

COMPRAR

Baixe nosso aplicativo nas lojas oficiais:

Home > O Belpaese a pé

O Belpaese a pé

13 de novembro de 2013 - Por Comunità Italiana
O Belpaese a pé

O Belpaese a peDia Nacional da Caminhada celebra os melhores itinerários em mais de cem cidades italianas e revela fabulosas surpresas a turistas e moradores, entre vilas pouco conhecidas, reservas naturais e ruínas arqueológicas

Tênis confortáveis, muita disposição e curiosidade. Conhecer as cidades italianas a pé sempre foi a melhor maneira de se fazer turismo na bota. Com o crescimento urbano desordenado, este hábito quotidiano acabou sendo deixado de lado por muitos italianos. Com o objetivo de promover o ato de caminhar como “uma profunda e positiva transformação social”, foi criado o Dia Nacional da Caminhada na Itália, que este ano chegou à segunda edição e envolveu mais de cem cidades italianas em mais de 200 itinerários de caminhadas, realizadas simultaneamente de norte a sul do país no dia 13 de outubro.
— Nas nossas metrópoles, cada vez mais pessoas querem se locomover com os meios públicos e a pé, mas frequentemente não encontram cidades organizadas para favorecer aquela que é a única e verdadeira mobilidade sustentável — afirmou à Comunità Paolo Piacentini, presidente da Federação Italiana de Trekking (Federtrek) e um dos idealizadores do evento, ao defender que “os percursos urbanos para pedestres representam eixos fundamentais de um novo, mais racional e sustentável conceito de mobilidade urbana”.
Milhares de pessoas participaram em toda a Itália de excursões guiadas por caminhos urbanos e rurais. Só em Roma, onde dez diferentes itinerários foram realizados, o evento reuniu mais de três mil pessoas.
— Os itinerários que atraíram mais pessoas foram aqueles com valor cultural e ambiental — explica Piacentini. Ele destaca o público heterogêneo que participou das caminhadas, de crianças a idosos, inclusive pessoas com deficiências, que tiveram uma participação especial na pequena Gioia Tauro, cidade no litoral da Calábria onde a organização SudTrek realiza um ativo trabalho de inclusão social através de excursões de trekking.

Da Sicília ao Vale d’Aosta, os percursos revelam uma rica história
As centenas de itinerários realizados no dia do evento em toda a península incluíram iniciativas nas grandes cidades, como Roma, Milão, Nápoles, Florença e Palermo, e também nas pequenas localidades rurais. Os caminhos eram percorridos em meio a centros urbanos, arquiteturas históricas, parques naturais, parreiras, oliveiras e montanhas. Trajetos inusitados, como o que ocorreu em Florença, organizado pela associação Firenze Migranda, que propôs uma caminhada orientada por imigrantes estrangeiros, mostraram “a sua visão” da cidade. Em Palermo, o trajeto Palermo Go! atravessou a cidade histórica, do Palazzo Reale ao Porto, passando pela antiga estrada sarracena Simat al Balat, com explicações históricas sobre as igrejas, praças, fontes e ruas que narram a história dos povos e reinos que por ali passaram ao longo dos séculos. Em Milão, as áreas arqueológicas da Milano Romana foram priorizadas em quatro percursos que mostraram atrações como as antigas residências de imperadores e bispos, desconhecidas até mesmo de boa parte dos milaneses. O objetivo era uma espécie de gemmelaggio com os percursos de Roma. Em Nápoles, um dos itinerários propostos, o Collina Gentile levou os caminhantes ao topo da Colina de Capodimonte através de pequenas ruelas e escadarias.
Entre os caminhos rurais, um deles ocorreu na província de Palermo, onde uma associação ambiental organizou um percurso para marcar a inauguração de uma nova trilha ecológica dentro da Reserva Natural de Capo Rama, na cidade de Terrasini, localizada à beira do mar Tirreno. O itinerário de quatro quilômetros atraiu dezenas de pessoas. Já na luxuosa ilha de Capri, a organização ambientalista Legambiente aproveitou o evento para mostrar um lado desconhecido do paraíso natural tão procurado por turistas do mundo inteiro. No percurso intitulado Terra de Anacapri, os guias ambientalistas levaram os caminhantes por ruas históricas e produções agrícolas, atravessando vinhedos e plantações. Já nas montanhas do extremo norte italiano, onde o francês também é língua oficial, o evento levou os excursionistas pelas trilhas do Valle d’Aosta entre vinhedos, castelos e burgos medievais. O percurso de quatro horas iniciou no centro da cidade de Chambave e passou pelas cidades vizinhas de Saint-Denis, onde se encontra o famoso Castello de Cly, Marseiller, Verrayes e Champagne.

Até chegar ao Fórum Imperial, reservas naturais, margens de rios e vilas pouco conhecidas
Na Cidade Eterna, os diversos itinerários realizados simultaneamente por diferentes associações e entidades mostraram uma Roma pouco conhecida de turistas e até mesmo dos moradores. Das periferias ao centro histórico, o Roma Caminha passou por vilas, rios, bairros e até pelo litoral romano em dez percursos oficiais, com todos os caminhos levando ao Fórum Imperial, no centro histórico, onde uma grande festa no fim do dia marcou o encerramento do evento.
O itinerário “Percursos Garibaldinos” também merece destaque: mostrou vilas históricas romanas, como a Villa Doria Pamphili, através de um itinerário histórico-naturalístico que teve como ponto alto um dos “terraços” mais impressionantes de Roma: o Parque do Gianicolo. A descida ao centro histórico foi feita através da Scalinata (escadaria) di Porta San Pancrazio, que levou os caminhantes ao bairro de Trastevere e de lá ao Fórum Imperial.
Já a caminhada “Roma através das sete colinas históricas” durou quatro horas e mostrou aos participantes a história romana através de ruínas, igrejas, praças e prédios históricos que hoje caracterizam as antigas colinas sobre as quais a cidade de Rômulo e Remo teria sido fundada.
“Sete villas, sete belas e pouco conhecidas visões de Roma” foi o título de outro itinerário de destaque, que levou os participantes às vilas históricas da cidade com suas impressionantes vistas panorâmicas. Do terraço Il Pincio, com vista panorâmica do centro histórico, e da Piazza del Popolo, o grupo passou pela Villa Borghese e Villa Giulia, com seus museus de Belas Artes e Arte Moderna, pela pouco conhecida Villa Balestra, Villa Glori e Villa Ada, incluindo uma subida ao Monte Antenne e uma travessia do Parque Acqua Acetosa, totalizando 17 quilômetros de percurso.
Dois itinerários ainda tiveram como foco as margens dos rios romanos. Um dos percursos passou pelas margens do Tevere, começando na Basílica de São Paulo, adentrando as ruelas do bairro de Trastevere, o Jardim Botânico e, por fim, atravessando a famosa Ponte Sisto para seguir rumo ao Fórum Imperial. O outro percurso atravessou as margens do menos famoso Rio Aniene, através do bairro Monte Sacro e das trilhas dos parques Delle Valli, Villa Ada e Villa Borghese, para depois descer pela Via Veneto até a região da festa de encerramento. Nem mesmo o litoral romano ficou de fora do grande evento. O percurso de 15 quilômetros que percorreu a reserva natural de Ostia, a mais famosa praia romana, chegou de trem à estação Roma Ostiense, para, de lá, chegar à grande festa no Fórum Imperial.
O mais badalado dos itinerários romanos contou com a presença da presidente da Câmara italiana dos Deputados, Laura Boldrini: trata-se da Appia Antica, que, dividido em três grupos, percorreu o caminho repleto de história, arqueologia e natureza formado pela ampla área arqueológica Parque Appia Antica, ao sul de Roma. O trajeto mais longo, de 17 quilômetros, começou nos Castelos Romanos, na cidade de Frattocchie, e percorreu a Via Appia desde o início, passando pelo Parque dos Acquedutos, Villa dei Quintili, Valle della Caffarella, Porta San Sebastiano e Termas de Caracalla, até chegar ao Fórum Imperial.
Em 2014, o evento ocorrerá em âmbito europeu e vai reunir entidades e associações de todo o continente. As associações ítalo-brasileiras poderiam participar da próxima edição do evento, diz o presidente da Federtrek.
— Gostamos de sonhar, sem parar nunca, passo por passo — concluiu Piacentini.

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.