Embaixada brasileira promove evento para divulgar itinerários e atrações pouco conhecidos entre os italianos

A Embaixada do Brasil e a Embratur realizaram, em outubro, no pátio da sede diplomática, situada na praça Navona, um evento de promoção turística para divulgar aos italianos diversos itinerários para conhecer o país e oportunidades de investimento. Em meio a degustações de cachaça, pão de queijo e caldinho de feijão, o evento foi um sucesso. A iniciativa contou com grande participação do público e de operadores turísticos, em um clima animado pela bossa nova tocada por Zé Galia.
A ocasião serviu ainda para aprofundar informações sobre o interesse que o Brasil desperta nos italianos. A Embratur apresentou estatísticas oficiais sobre os estrangeiros que visitaram o Brasil em 2013 e o incremento com a Copa do Mundo de 2014. O número de visitantes italianos no ano passado chegou a 233.243, com aumento em comparação a 2012, que registrou 230.114 pessoas vindas da Itália. Segundo as estatísticas, é o quinto país em número de visitantes no Brasil. Os turistas vindos da América Latina predominam por causa da proximidade geográfica. Se os latino-americanos fossem excluídos da classificação, a Itália estaria em segundo lugar depois da Alemanha, que registrou um total de 236.505 visitantes em 2013.
O gerente de mercados internacionais da Embratur, Bruno Giovanni dos Reis, explicou à Comunità a importância deste evento.
— Os interesses entre o mercado brasileiro e o italiano vão além do turismo. Esta é uma oportunidade para investimentos no Brasil, além de divulgação da nossa cultura, como a gastronomia e a música — frisou.
Como oportunidade de investimento, o estado de Santa Catarina aposta no setor náutico, criando uma sinergia entre os dois países. Foi uma ocasião também para apresentar a próxima Feira Náutica Itália- Brasil em Florianópolis, que vai acontecer em março de 2015.
— Somos o segundo maior polo de fabricação de pequenas e médias embarcações e diversos estaleiros. Apresentamos oportunidades de investimentos e também propomos o turismo náutico. Além de visitar nossas praias, os turistas podem navegar rumo a outros locais, partindo de Santa Catarina — disse Álvaro Ornelas, do Grupo de Trabalho de Turismo Náutico de Santa Catarina.
O catarinense Leandro Mané Ferrari, presidente do GT Náutico SC, explicou um ponto de atração entre o Brasil e a Itália.
— A Itália é o centro mundial da náutica, pelo seu design e pela sua tecnologia. Já o Brasil oferece criatividade e eficiência, além de um mercado em crescimento econômico. A ideia é trabalharmos juntos; afinal, ambos os países são costeados — avaliou Leandro.
A Bahia, por sua vez, propõe incrementar o turismo dos italianos, propondo itinerários religiosos.
— Além da cultura de Salvador, com seus museus e as magníficas 374 igrejas, propomos o roteiro de outras cidades históricas, como Cachoeira, Santo Amaro e São Félix. Se você já chegou à Bahia, por que não aproveitar para visitar a Chapada Diamantina?  — sugeriu com simpatia baiana Rosana Decat França, diretora das relações internacionais do governo da Bahia.  

Os ganhos com a Copa
O Brasil não ganhou a Copa, mas lucrou com o evento. Segundo as estatísticas oficiais, aumentaram as entradas dos visitantes estrangeiros nos primeiros oito meses deste ano por causa do Mundial. Entre janeiro e agosto, os turistas estrangeiros gastaram no país 8,8% a mais em comparação ao mesmo período do ano passado, resultando em um total de 4.935 bilhões de dólares em 2014 (foram 4.537 bilhões de dólares em 2013). A economia ganhou também com o câmbio de moedas estrangeiras: foi um total de 499 milhões de dólares, segundo o Banco Central.