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Home > O crime como fonte de inspiração

O crime como fonte de inspiração

20 de julho de 2016 - Por Comunità Italiana
O crime como fonte de inspiração

O crime como fonte de inspiraçãoMáfia italiana e escândalos de corrupção nos dois países são temas de HQs de sucesso

Violet, codinome de Rita Romano, se move fugaz entre os becos de Nápoles lutando contra a Camorra, a máfia napolitana. O principal alvo da sua vingança é seu pai adotivo, Don Ciro Bonavita, um dos mais poderosos chefões do tráfico de drogas e da prostituição, que a nomeou como cafetina de um grupo de garotas de programa. Quando descobriu que a jovem não lhe entregava todo o dinheiro, mandou chumbo pesado nas prostitutas. Ela conseguiu escapar do atentado, jogando-se de um penhasco. Foi socorrida por um pescador de Procida, que lhe ensinou a lutar.
É nesse contexto que se desenrola a história em quadrinhos produzida por Giuliano Monni da GG Studio, que também dirige a Scuola Internazionale di Comics de Nápoles. O jornal La Repubblica abraçou a ideia e publicou a série de seis episódios na edição online (www.napoli.repubblica.it). Resultado: um sucesso com mais de 150 mil visitas e milhares de curtidas. O triunfo confirma a cultura dos fumetti, que destaca os italianos entre os melhores do mundo.
— Considerando o sucesso da primeira série, pensamos que o projeto possa ser ampliado para o cinema ou a animação — contou Monni à Comunità.
Violet não é uma heroína, não tem superpoderes, esconderijo equipado ou armas especiais. Ela anda de Vespa e usa vestidos de segunda mão. Como tantas jovens, comete erros e aprende com seus equívocos, mas o que a distingue é a coragem e a determinação de nunca perder de vista o objetivo de derrotar o chefão da Camorra. A força desta HQ está no personagem humano com defeitos, fragilidades e contradições, enriquecido por um ambiente mágico de Nápoles, onde a realidade incorpora a fantasia.
— Claro que uma jovem sozinha não pode derrotar uma organização criminosa como a Camorra. Procuramos mesclar aspectos reais com fantasia, portanto Violet acaba contando com a ajuda da DIA (divisão investigativa antimáfia) — disse Monni.
O GG Studio realizou Violet com uma equipe de jovens talentosos profissionais: o roteirista milanês Davide Aicardi, autor de textos para séries de TV e desenhos animados; o desenhista Alessio Cammardella, cujos traços dinâmicos são reforçados por Lorenzo Ruggiero, famoso pelos trabalhos com a Marvel; e a DC Comics.
— A história em quadrinhos trata de um interesse popular e social, um tema que as pessoas vivem diariamente. Os acontecimentos de Violet foram inspirados em investigações do La Repubblica, onde existem coisas interessantes para se contar e é possível criar uma história em quadrinhos — comentou Monni.

Lava Jato e Mãos Limpas inspiraram quadrinhos
Em 2015, o site americano Bloomberg achou que a roubalheira brasileira era um bom tema para os quadrinhos e decidiu publicar em inglês o escândalo do Petrolão, com desenhos e textos de Peter Millard contando a história da patifaria Made in Brazil.
Se você gostou da ideia da “Operation Carwash” contada pelos gringos, acredite que não é original. A Lava Jato pode render uma boa HQ, mas os italianos já pensaram nisso 23 anos atrás com a Mãos Limpas. O magistrado que luta contra a corrupção seria um anti-herói ou um protagonista dotado de superpoderes? Em 1993, a revista Katzyvari (ed. Inca) publicou uma HQ erótica e humorística, na qual o autor Giuseppe Palumbo tratava o magistrado Di Pietro como um gigante super-herói de pedra, mas em dialeto romano Er Giudice De Pietra. Na capa, ele abraçava uma loira, que lhe perguntava se o seu órgão sexual também era de pedra.
Em 1994, a editora Renzo Barbieri publicou Tangentopolis e i 40mila ladroni, do irreverente desenhista Massimo Pesce. A paródia não deixava dúvidas: o magistrado Antonio Di Pietro era Tonino Di Scoglio, Gherardo Colombo era o Tortorella e Mario Chiesa era chamado de Cattedrale. Tangentopolis se concluía com uma advertência que parecia uma premonição. Com tantos políticos corruptos, prostitutas e bandidos drogados, o último balão dizia: “Não se preocupe, é uma história em quadrinhos. Este é um trabalho de fantasia: a realidade é muito pior”.

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.