BIANUAL

BIANUAL

A partir de
Por R$ 299,00

ASSINAR
ANUAL

ANUAL

A partir de
Por R$ 178,00

ASSINAR
ANUAL ONLINE

ANUAL ONLINE

A partir de
Por R$ 99,00

ASSINAR


Mosaico Italiano é o melhor caderno de literatura italiana, realizado com a participação dos maiores nomes da linguística italiana e a colaboração de universidades brasileiras e italianas.


DOWNLOAD MOSAICO
Vozes: Cinco <br>Décadas de Poesia Italiana

Vozes: Cinco
Décadas de Poesia Italiana

Por R$ 299,00

COMPRAR
Administração Financeira para Executivos

Administração Financeira para Executivos

Por R$ 39,00

COMPRAR
Grico Guia de Restaurantes Italianos

Grico Guia de Restaurantes Italianos

Por R$ 40,00

COMPRAR

Baixe nosso aplicativo nas lojas oficiais:

Home > O Éder azzurro

O Éder azzurro

18 de maio de 2015 - Por Comunità Italiana
O Éder azzurro

O Éder azzurroConheça a história do catarinense descendente de imigrantes vênetos convocado pelo técnico da seleção italiana que marcou um gol logo na estreia contra a Bulgária

Brasileiro de nascimento, italiano nas origens. Em matéria de seleções, a camisa escolhida foi a azzurra, não a canarinho. Aliás, não escolheu: ele foi escolhido este ano pelo técnico da seleção italiana Antonio Conte. O personagem é o atacante da Sampdoria, de Gênova. Éder Citadin Martins nasceu em 15 de novembro de 1986, em Lauro Müller, cidade de Santa Catarina com 14 mil habitantes e de numerosa imigração italiana. O pai, José Eloi, é descendente de espanhóis. O passaporte italiano foi obtido graças à ascendência da mãe, Dalci.
— Desde os 11 anos de idade, ele se destacava ao jogar no meio dos grandes — conta à Comunità o pai José Eloi, que já foi vereador na cidade.
Foi treinado pelo tio Tinho, jogou futebol de salão e no campo, em clubes da região de Lauro Müller, como Guatá e Sumaré. Com 14 anos, foi para a base do Criciúma, pelo qual ganhou o campeonato catarinense pelos profissionais em 2005. Depois se transferiu para o Empoli e seguiu carreira na Itália.
— Acho que ele fez a escolha certa ao jogar pela seleção italiana. Sempre vejo os jogos dele pela Sampdoria. A cidade de Lauro Müller, que deve ter metade de descendentes italianos na sua população, para só para vê-lo. É um guri muito simples, que vai sempre buscar os amigos de infância quando vem à cidade.
Cíntia Justi, coordenadora da Rádio Cruz de Malta, emissora de Lauro Müller, também descendente de italianos, conta o que representa Éder para a região:
— É um ídolo. Muito carinhoso com os habitantes da cidade, conhece todo mundo, vem à rádio, dá entrevista. Já era famoso no tempo do Criciúma e ficou ainda mais quando foi para a Itália — comenta.

Origens vênetas e paixão prematura pelo esporte
Mas quem tem mais a falar sobre a ascendência de Éder é sua mãe, Dalci. Pelo lado paterno, o sobrenome dela é Citadin, que também é italiano e está no registro de Éder. Mas o sobrenome graças ao qual o jogador obteve o passaporte italiano foi Righetto, do lado materno:
— Aos seis anos de idade, Giovanni Battista Righetto, meu avô e bisavô do Éder, e Gaetano Luigi Righetto, meu bisavô e tataravô dele, emigraram para o Brasil, vindos de Nove, município da província de Vicenza. Meus parentes vieram trabalhar nas minas de carvão. Chegaram ao porto de Itajaí, viajaram a Laguna e depois até Lauro Müller, que na época não era município e se chamava Minas. Trabalharam na roça e participaram da construção de uma estrada de ferro em Porto Alegre. Parece que meu bisavô Gaetano já gostava muito de jogar futebol em Nove. Ele teve 13 filhos no total — conta à Comunità a mamma do futebolista.
Na infância, dava mais importância ao esporte do que aos estudos, lembra dona Dalci.
— Desde pequeno, ele reclamava. Gostava da educação física e por isso incomodava na escola. Às cinco horas da tarde, terminava a aula e gritava que estava lá no campinho. Quando tinha 13 anos, fomos para Criciúma. Ele foi estudar numa escola técnica, onde a orientadora disse que ele seria mesmo jogador. Estudou até a segunda série do segundo grau (ensino médio). Depois não foi mais possível conciliar futebol e estudo.  Hoje, ele e a esposa têm vontade de voltar a estudar.
 Em 2005, antes de completar 19 anos, Éder foi para a Itália e passou por várias dificuldades, mas acabou por adaptar-se como conta a mãe, que também destacou a fé católica do filho:
 — Ele foi corajoso. Nós erramos em deixá-lo viajar sozinho para a Itália no começo. Passou quase dois anos perdido, apesar de treinar bem no Empoli. Ele dizia: “Mãe, acho que vou voltar”. Foi contratado pelo Empoli quando chegou ao país, mas antes fez testes no Lecce, onde se hospedou no alojamento de um seminário. Um padre de lá ficou impressionado com a religiosidade dele. Levou três imagens de santas: Nossa Senhora de Aparecida, Santa Paulina e Nossa Senhora das Graças. No ano passado, foi jogar pela Sampdoria, em Roma, e, no exame antidoping, uma médica que trabalhava no Vaticano arrumou-lhe um encontro com o Papa — revela a mãe de Éder, que jogou duas partidas e marcou um gol pela pátria onde nasceram seus antepassados no dia 28 de março, levando ao empate (2×2) a partida válida pelas Eliminatórias para a Eurocopa 2016.

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.