Pergunta mais difícil do que “onde está Wally?”
O Brasil está em situação semelhante aos seus hospitais, onde as pessoas morrem na porta à espera de atendimento. O país está agonizante sob o olhar de paisagem de tantos pensadores e achadores, mas raros fazedores.
Vemos diariamente grandes pensatas, achômetros e receitas sobre a doença do país, enquanto assistimos à agonia do paciente. Muito diagnóstico e nenhuma ação. Ao contrário, em vez de arregaçar as mangas e partir para a ação, ficam contemplando o paciente à espera da providência divina.
O PT é aquele clube de 3ª divisão – seu tamanho limite – que fica criticando os times que estão jogando. Quando entram em campo não sabem o que fazer com a bola e evidenciam não passar de um timeco de várzea. Os poucos jogadores com domínio de bola abandonaram o time ao perceberem que os seus cartolas políticos e o elenco despreparado não tinham comando, tática, nem caráter. Além do escancarado apego ao eterno domínio de campo, jogando uma pelada medíocre. Sentindo-se traídos, aqueles poucos craques viraram torcedores contra, envergonhados do seu passado idealista de pretender mostrar um grande futebol.
O PT tem uma raiva seletiva ao dinheiro… dos outros. Em vez de ter o mind set voltado para gerar riqueza, foca em gerar pobreza, com as subsidiadas e inebriantes bolsas X-Tudo. Um partido que ainda advoga, nos dias de hoje, a “justiça tributária” – ou “tributação de privilegiados” – (leia-se meter a mão no bolso de quem trabalhou e ganhou dinheiro enquanto eles estavam rogando praga no capital… dos outros) e apoio da China como solução à paquidérmica crise atual, não pode ser respeitado. Sem contar o aumento de IR para pessoas físicas; criar IR sobre lucro, dividendos e remessas; imposto sobre fortunas, herança e doações; volta da CPMF; e outras postulações comuns aos abutres do capital… dos outros. O PT já é um volume morto e enterrado. Retrógrado. Deveria ter saído de campo antes de oferecer o mínimo restante de dignidade à execração pública. E os outros partidos não são muito melhores. O PMDB é autoexplicativo pela folha corrida dos seus mais ilustres representantes do povo na presidência da Camara e no Senado. O PSDB é o partido mauricinho (ou hoje é coxinha?) do “roubaram o meu pirulito”.
E enquanto a água do arroz da bolsa-família seca, um Fundo Partidário superior a 800 milhoes de reais é o mais novo Delicado que será oferecido aos partidos – que não fizerem xixi na cama – após verem secadas as tetas extorquidas das empresas privadas e públicas. Agora me diga, foi a ditadura da Venezuela ou as empresas daquele país de pior desempenho econômico no mundo que financiou a campanha dos políticos de oposição que ganharam a maioria na Assembleia Nacional?
Enquanto no Brasil, na humilhante posição de 2ª pior performance, fechada a porteira do dinheiro fácil dos empresários logo abriu-se outra mais fácil ainda que a Mamãe Noel batizou de Fundo Partidário. E os advogados dos Srs. Lava-Jatos demonstram a sua indignação diante de um fato até então inexistente no país: seus patrões na cadeia? Tolerância zero neles! Não vamos fazer prejulgamentos, mas é fato que, para eles, também acabou a boquinha. Todas as tetas foram centralizadas na mão do governo, que distribuirá os Delicados adquiridos com o nosso suado dinheiro.
Tal como a ditadura, nutro grande aversão ao terrorismo. Vemos hoje – alguns na cadeia – do que eram e ainda são capazes de fazer os grandes líderes da guerrilha revolucionária para a perpetuação no poder “do partido” e dos próprios. E a, até então, certeza da impunidade.
Uma reforma política profunda é imprescindível para que os políticos se comprometam com as decisões fundamentais para os rumos do país. A classe política parece não ter pátria, mas feudos. A adesão aos planos econômicos e sociais são, invariavelmente, condicionados à troca espúria de favores e/ou nomeações descabidas. Ou cabidas demais…