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Home > Onde está o líder? – IV

Onde está o líder? – IV

21 de outubro de 2016 - Por Comunità Italiana
Onde está o líder? – IV

AryGrandinetti

Esta pergunta parece cada vez mais distante da resposta

As características de um líder são aparentemente simples. Mas não são. A nomeação de líderes pelo Diário Oficial ou mesmo por eleições diretas os conduz automaticamente ao poder, mas não à liderança. O líder imposto, e que assim se comporta, vira chefe. O verdadeiro líder reúne atributos naturais e adquiridos que o conduzem ao efetivo poder. Mas a sua autoridade brota da sua postura e realizações, e não pelas ordens protocolares através de aspones e posicionamento autoritário. Precisamos dessa figura no governo, na política, no empresariado, na sociedade e na vida para quaisquer dessas coisas andarem. O grande líder é um visionário, um sonhador capaz de gerar ideias realizáveis para os problemas e de mobilizar naturalmente as pessoas para o mesmo objetivo. Dispensável falar sobre a honra, pois só bandidos seguem outros bandidos.
Encontrei pouquíssimos – que não completam os 5 dedos da mão – líderes em 40 anos de empresa privada. Tampouco na administração e poderes públicos, onde o terreno é ainda mais árido. E a cada ano nos distanciamos mais dos Ulysses Guimarães e dos Antônio Ermírio de Moraes.
Estamos – eu, pelo menos – muito, mas muito distantes de encontrar um líder na multidão para conduzir o Brasil e os brasileiros. As muitas cenas recentemente protagonizadas pelos nossos governantes, senadores, deputados e até do Judiciário nos expuseram a péssima qualidade dos nossos representantes. Um espetáculo estarrecedor de baixarias.
Olho para o cesto e vejo a predominância de laranjas podres, contaminadas pela vaidade, ambição, desonestidade, absoluto despreparo intelectual e cultural, obsessão pelo corporativismo e interesses pessoais em detrimento do público e da sociedade. Enfim, uma soma de decomposição humana que não desejamos para o pior inimigo. Dos quase 600 congressistas, não consegui contar mais de 6 com capacidade de expressar claramente as suas ideias, com ordenamento lógico e construtivo. O que se vê é uma ferrenha competição por microfone para se expor ao eleitorado com críticas sobre cachorro morto. Na oposição, fundamental para impor um senso crítico à situação, não há nem laranja no cesto. Vi ali um coral do samba de uma nota só. Desafinado e atravessado.
Quanto ao governo deposto, e junto com ele seus partidos coligados, não há mais nada a dizer além da evidência do rastro de destruição e desesperança deixados após 13 anos de poder. Agora, é dar a descarga e seguir em frente. E a apuração de responsabilidades não pode roubar o protagonismo e o foco em olhar para o futuro. São paralelas que não podem atrapalhar o caminho uma da outra.
Os raros casos de lucidez discursiva vêm, infelizmente, de velhos políticos, que parecem conhecer a fórmula dos remédios, mas há anos não as aplicam ao paciente.
Há poucos dias um deles declarou que “temos que converter a esperança em confiança”. Isso é bolo fofo. Temos que coverter em ações.
Quais novas lideranças surgiram nesse perído de ampla exposição de deputados e senadores? Vemos que a imensa maioria é desqualificada e não passaria sequer da porta de uma grande empresa privada –a menos que por coação ou troca de favores. As vozes mais consideráveis vêm de políticos de carreira. As lideranças de esquerda, “desenvolvimentistas”, aparecem mais pela sua orquestrada baderna do que pelo conteúdo de suas ideias.
Qualquer talento novo é esmagado pelos coronéis dos partidos, que não deixam nem mesmo os marrecos velhos botarem a cabeça pra fora. Só ver o Henrique Meirelles (que não é uma liderança nova…), que pela simples receptividade favorável do mercado ao seu nome gerou imediata reação de um partido em cima do muro exigindo garantias de que não se candidataria ao trono da presidência em 2018. Ou seja, o que se pensa e se busca para o futuro não é o melhor para o Brasil, mas a melhor e maior fatia do bolo “para mim e o meu partido”.
Mas, enfim, temos agora uma nova oportunidade de apostar e cobrar um futuro melhor para todos os brasileiros. Como disse um sábio cujo nome me escapa, só me interessa pensar no futuro, pois é lá que pretendo passar os meus próximos dias. Assim seja.
Em tempo: aumento salarial na empresa privada está ligado a mérito, desempenho, performance.
Ter aumentos reais decorrentes de teto salarial ou cascata quebraria qualquer empresa, assim como fez com o Brasil. Todo o funcionalismo público, nos três poderes e administração, nas esferas federal, estadual e municipal, deveria cumprir metas, com indicadores de desempenho claramente definidos, para alçarem aumentos salariais. Para promoção, deveriam somar ao seu histórico uma prova de qualificação, por concurso, desempenho ou formação complementar, sob avaliação da chefia e corroborada por fórum independente. Na empresa privada bônus estão ligados a resultados, geração de valor diferenciado que justifique o acesso à premiação extra. Os parâmetros (que desconheço) para bonificação do funcionalismo, considerando não tratar-se de atividade produtiva geradora de lucro, não devem ser pagos com aumento de custos e, em decorrência, sobrecarga tributária.
E o acesso a qualquer cargo público só deveria ter uma entrada: concurso. Cargo comissionado é cabide de emprego. Amigo é para tomar chope. Para trabalhar tem que ser profissional qualificado. E ponto.

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.