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Oportunidades universitárias

20 de julho de 2016 - Por Comunità Italiana
Oportunidades universitárias

Oportunidades universitáriasO vice-reitor da Universidade Politécnica delle Marche revela à Comunità quais são as possibilidades de intercâmbio com as instituições acadêmicas brasileiras

As relações que unem as universidades brasileiras à Universidade Politécnica delle Marche (UNIVPM) são sólidas e foram construídas ao longo de mais de 20 anos através dos professores. Atualmente, a instituição italiana tem mais de 40 projetos de pesquisa ativos com o Brasil, além de acordos e parcerias com as instituições brasileiras.
— Como sempre acontece, as relações foram criadas primeiro pelos indivíduos, ou seja, por alguns docentes, como eu, que tinham amigos e colaboradores no Brasil. Depois, pouco a pouco, se desenvolveu um vínculo mais institucional. As relações pessoais se tornaram relações entre as universidades — explica à Comunità Mario Giordano, vice-reitor pelas relações internacionais da UNIVPM, situada em Ancona.
O professor afirma que, nos últimos anos, a universidade italiana ajudou a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) na implantação do programa de engenharia ambiental, do qual recentemente ele foi convidado a integrar o conselho consultivo, além de participar da Summer School, atividade que organizam todos os anos para consolidar o programa e dar-lhe uma conotação mais internacional.
Giordano também coordena o programa de doutorado em Biologia Marinha na UNIVPM e atualmente está acompanhando o doutorado sanduíche com a Universidade de Brasília (UnB), um programa de bolsa de estudos através do qual o estudante tem a possibilidade de fazer uma parte do seu curso de doutorado em outra instituição internacional.
— É diferente do doutorado conjunto, em que o título é emitido por ambas as instituições, o que também temos feito com uma pequena extensão do doutorado sanduíche, ou seja, através de um período no exterior baseado na partilha da supervisão do aluno para depois conceder o título conjunto —destaca o vice-reitor, que, em abril, foi ao Rio de Janeiro para dar palestras na UFRJ.

O desafio de criar cursos com títulos conjuntos entre as instituições italianas e brasileiras
De acordo com Giordano, a UNIVPM está tentando criar títulos conjuntos com cursos de outras universidades brasileiras, mas não revelou os nomes porque está em fase de negociação e o processo é delicado.
— O título conjunto permite ao estudante brasileiro uma maior facilidade de acesso ao mercado de trabalho europeu e brasileiro — afirma o vice-reitor da instituição marchigiana.
Para eliminar as barreiras administrativas, Giordano cita como importante aliado a Embaixada italiana em Brasília, que está ajudando também no caso da correspondência entre mestrado brasileiro e o master italiano.
— Um estudante estrangeiro que vem fazer um master na nossa universidade, muitas vezes, quando volta ao Brasil, precisa fazer um trabalho adicional. Então, nas nossas negociações tentamos sempre de fazer com que o nosso título seja reconhecido como equivalente a um mestrado, porém nem sempre todas as universidades são propensas à internacionalização — afirma o docente, que defende a importância do intercâmbio entre as instituições.
Ao ser perguntado se percebe algumas diferenças entre os estudantes brasileiros e italianos, Giordano acha que os brasileiros nos primeiros anos são um pouco mais imaturos do que os italianos, dos quais o sistema exige uma maior independência de pensamento e atividades.
— Nós tratamos os alunos como se já fossem adultos, por isso exigimos mais, mas ao mesmo tempo eles têm mais liberdade de ação, enquanto no Brasil a universidade, sobretudo no começo, é quase como uma escola que segue passo a passo o estudante. Essa é a minha percepção, pelo menos das universidades que conheço. Porém, em nível de doutorado, o estudante brasileiro é mais emancipado e se torna como os nossos — constata o professor que, desde 2011, ministra aulas e seminários no Brasil e segue os estudantes brasileiros que optam por estudar na Itália.

Estudantes ítalo-brasileiros não precisam fazer pré-matrícula
O estudante brasileiro que tem interesse em estudar na Itália tem várias opções.
— No caso dos estrangeiros, é necessária uma pré-matrícula na Embaixada ou no Consulado italiano para verificar se as suas credenciais estão em ordem. Em seguida, pode se inscrever regularmente como qualquer outro estudante italiano, tanto para os cursos em italiano quanto para os cursos em inglês — explica Giordano.
No caso dos estudantes, os ítalo-brasileiros são mais favorecidos, pois não precisam da pré-matrícula. Além disso, o conhecimento do idioma diminui ainda mais as barreiras.
— Por exemplo, a nossa universidade tem um fluxo considerável de estudantes da Argentina, principalmente porque os ítalo-argentinos acedem diretamente a universidade sem ter que passar por uma seleção. Gostaríamos que algo semelhante acontecesse também com os oriundos brasileiros — revela o vice-reitor.
O aluno estrangeiro pode concorrer às bolsas de estudos que anualmente são disponibilizadas pelo governo italiano ou brasileiro, e por cada instituição.
— A UNIVPM oferece bolsas de estudos para estrangeiros, principalmente para os doutorados. Todos os programas de doutorado em nossa universidade têm pelo menos duas bolsas dedicadas aos estudantes graduados no exterior. Para participar da seleção, é necessário fazer um exame, que este ano será na metade de julho — comenta o professor italiano.
Além disso, a instituição também oferece bolsas de estudos para seguir os cursos da faculdade em inglês, cujo edital saiu recentemente, mas entre os requisitos há uma pré-matrícula na Embaixada ou nos Consulados italianos.
Muitas universidades brasileiras têm convênio com as instituições italianas e o estudante pode se candidatar junto a um projeto de intercâmbio. Em 2011, o governo brasileiro criou Ciências sem Fronteiras, programa de incentivo à formação de jovens acadêmicos no exterior. 
— A nossa universidade participou do Ciências sem Fronteiras um ano antes que fosse suspenso. Nesses dias (em junho) houve uma reunião em Bolonha com a parte italiana do programa brasileiro para tentar ver como se possa prosseguir, e é provável que continuem as bolsas para os doutorados, enquanto para os outros cursos no Brasil está em curso uma reflexão no país que não parece ser a favor da continuação do programa — analisa Giordano, que supõe que a questão econômica pode influenciar na decisão. De acordo com ele, diferente das universidades dos Estados Unidos, a Itália reduziu os custos de gestão para o Brasil, pois o programa Ciências sem Fronteiras não é mediado através de companhias comerciais.
Na opinião do vice-reitor, as experiências de mobilidade são positivas. Uma demonstração concreta é o programa de intercâmbio europeu Erasmus, que “mudou a Europa, pois dá a possibilidade a muitos estudantes de se comparar com culturas diferentes”.

UNIVPM concede bolsa mensal para professores visitantes
Os intercâmbios não são apenas para os alunos, mas também para os docentes. A UNIVPM financia, todos os anos, uma bolsa mensal de três mil euros para professores visitantes que fiquem entre um e três meses na instituição. Para concorrer, é necessário passar por uma seleção competitiva baseada na reputação e na produção cientifica do docente.
Além de vice-reitor e professor, Giordano é pesquisador e trabalha com fisiologia de algas, realizando estudos de métodos de alocação de carbono. Por meio de convênios entre as universidades brasileiras, o docente trabalhou com os seus colegas do Rio de Janeiro na investigação da utilização de algas para a produção de biocombustíveis. Atualmente está trabalhando com os professores da UnB sobre a influência de carbono em águas interiores brasileiras, projeto semelhante que desenvolveu com a Universidade Católica de Brasília (UCB).
O doutor e pesquisador se define como um viajante que gosta de conhecer novos lugares porque há sempre algo para aprender.
— No caso do Brasil, é uma cultura diferente, contudo familiar, porque é evidente que há uma forte influência europeia e ao mesmo tempo uma influência africana, americana etc. Acho muito interessante esse sincretismo que não é relativo à religião, mas também à maneira de viver — conclui o docente.

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.