Pontífice disse que obras são a expressão do espírito dos povos
O papa Francisco inaugurou no sábado (20) o Museu Etnológico Anima Mundi e uma exposição sobre a Amazônia, nos Museus do Vaticano, e afirmou que a beleza une e oferece aos povos capacidade de ultrapassar “barreiras e distâncias”.
“A beleza nos une. Ela nos convida a viver a irmandade humana, contrariando a cultura do ressentimento, do racismo, do nacionalismo, que estão sempre à espreita. São culturas seletivas, culturas de números fechados”, explicou.
Durante a cerimônia, o Pontífice disse que o local precisa ser um “lar aberto a todos”, a todas as culturas e tradições, onde todos possam se “sentir representados, onde podem perceber concretamente que o olhar da Igreja não tem impedimentos”.
O líder argentino ainda explicou que quem entra no museu precisa sentir que está em casa, onde todos têm lugar, o povo, tradição, cultura”, tanto “o europeu como o indiano, o chinês como o nativo da floresta amazônica ou congolesa, do ‘Alaska ou os desertos australianos ou as ilhas do Pacífico”.
Segundo Francisco, toda a arte, incluindo as peças etnológicas, tem o mesmo valor e “é cuidada e preservada com a mesma paixão”.
“As obras de arte são a expressão do espírito dos povos. A mensagem que recebemos é de que devemos sempre olhar para cada cultura, ao outro, com abertura de espírito e com benevolência”, afirmou.
A inauguração da mostra sobre a Amazônia acontece em meio ao Sínodo dos Bispos para a floresta brasileira, que ocorre no Vaticano. “Que este Museu Etnológico preserve sua identidade específica ao longo do tempo e lembre a todos o valor da harmonia e da paz entre povos e nações”, concluiu o Santo Padre. (Ansa)