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Papa inaugura mostra sobre Amazônia nos Museus do Vaticano

VATICAN CITY, VATICAN - MARCH 27: Pope Francis waves to the crowd as he drives around St Peter's Square ahead of his first weekly general audience as pope on March 27, 2013 in Vatican City, Vatican. Pope Francis held his weekly general audience in St Peter's Square today (Photo by Christopher Furlong/Getty Images)

Pontífice disse que obras são a expressão do espírito dos povos

O papa Francisco inaugurou no sábado (20) o Museu Etnológico Anima Mundi e uma exposição sobre a Amazônia, nos Museus do Vaticano, e afirmou que a beleza une e oferece aos povos capacidade de ultrapassar “barreiras e distâncias”.

“A beleza nos une. Ela nos convida a viver a irmandade humana, contrariando a cultura do ressentimento, do racismo, do nacionalismo, que estão sempre à espreita. São culturas seletivas, culturas de números fechados”, explicou.

Durante a cerimônia, o Pontífice disse que o local precisa ser um “lar aberto a todos”, a todas as culturas e tradições, onde todos possam se “sentir representados, onde podem perceber concretamente que o olhar da Igreja não tem impedimentos”.

O líder argentino ainda explicou que quem entra no museu precisa sentir que está em casa, onde todos têm lugar, o povo, tradição, cultura”, tanto “o europeu como o indiano, o chinês como o nativo da floresta amazônica ou congolesa, do ‘Alaska ou os desertos australianos ou as ilhas do Pacífico”.

Segundo Francisco, toda a arte, incluindo as peças etnológicas, tem o mesmo valor e “é cuidada e preservada com a mesma paixão”.

“As obras de arte são a expressão do espírito dos povos. A mensagem que recebemos é de que devemos sempre olhar para cada cultura, ao outro, com abertura de espírito e com benevolência”, afirmou.

A inauguração da mostra sobre a Amazônia acontece em meio ao Sínodo dos Bispos para a floresta brasileira, que ocorre no Vaticano. “Que este Museu Etnológico preserve sua identidade específica ao longo do tempo e lembre a todos o valor da harmonia e da paz entre povos e nações”, concluiu o Santo Padre. (Ansa)