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Para se perder e se achar

13 de agosto de 2014 - Por Comunità Italiana

Os típicos mercados de rua espalhados de norte a sul da Itália são uma ótima oportunidade para conhecer de perto a cultura do país e ainda adquirir raridades

Uma das paixões dos italianos, principalmente nos meses do verão, é explorar as bancas das tradicionais feirinhas e dos mercados realizados nas ruas ou nas praças das cidades. Existem mais de 40 mil espalhados por todo o país. Para se aventurar nesse mundo, existe até um aplicativo para iPhone e iPad chamado Mercati e mercatini d’Italia, criado por Simonetta Bosco para identificar a feira mais perto do usuário e se manter atualizado. Dessa forma, fica ainda mais fácil para o turista se aventurar pelo universo das barraquinhas — do Ballarò de Palermo ao mercatino americano de Livorno, passando pela Porta Portese de Roma ou pelo mercato orientale de Gênova.
Os números demonstram que os mercados crescem a cada dia, sobretudo no centro e no norte da Itália. A região da Lombardia, por exemplo, bateu no ano passado o recorde italiano: registrou a existência de 480 mercados de pulgas e feiras em geral. Os locais também oferecem ao turista a possibilidade de descobrir belos lugares que escapam dos roteiros tradicionais, onde a curiosidade e a raridade se tornam objeto de uma caça ao tesouro.
Para quem não quer se perder, a jornalista e blogger de Milão, Assunta Corbo, escreveu o guia 1001 mercatini in Italia da vedere almeno una volta nella vita, fruto de uma paixão que a levou a percorrer quilômetros e quilômetros por todo o país.
— Cada feirinha é uma realidade com uma alma própria. Mesmo que aparentemente possam parecer todas iguais, têm personalidades distintas. Em todos os lugares aonde vou, procuro saber se há uma feira de qualquer coisa no bairro — afirma à Comunità Assunta, que ama conversar com os feirantes, pois “sempre escondem histórias maravilhosas”.
As mercadorias expostas nas bancas revelam tradições, histórias do passado e tendências atuais. Inicialmente, as feiras nasceram por ocasião dos festivais das cidades e, em pouco tempo, graças ao enorme êxito, se tornaram um encontro realizado na maioria das vezes nos finais de semana.
De norte a sul, na Itália, mudam os costumes, os dialetos e também o artesanato e os objetos à venda. Segundo Assunta, as feirinhas das regiões setentrionais e meridionais são muito diferentes entre si.
— Isso é devido à cultura e ao folclore. No norte, é possível encontrar uma feirinha silenciosa, enquanto no sul isso é impensável e nem seria divertido — comenta Assunta, que também criou um blog dedicado a boas notícias chamado That’s Good News. Segundo ela, os mercadinhos representam grande parte da cultura italiana, das tradições e do folclore, como os mercati rionali (feiras locais).
— Poderia “contar a Itália” só andando pelas bancas do mercado! — brinca a escritora, sem revelar a sua feira favorita, pois “a escolha seria muito difícil”, embora admita ter preferência pelas vintage, como a Valeggio veste il vintage, da cidade de Valeggio sul Mincio, em Verona, que acontece em maio e outubro.

Para todos os gostos, entre porcelanas, vinis, vestidos vintage, livros e até carros antigos
Perder-se entre as barraquinhas com todos os tipos de antiguidades, desde pratos de porcelana até discos de vinil, é uma experiência única e pode ser útil para o turista que quer ver de perto a cultura local. Fazer compras nas lojas não é o mesmo que encontrar uma peça antiga ou um vestido vintage em uma colorida e simpática barraca. Além disso, pode-se conversar com o vendedor e conhecer a história do objeto adquirido.
— Não saem nunca de moda. São realidades emocionantes, guardam valores da tradição local. Não possuem tempo, pois acolhem todo o tempo que passa, e são os únicos lugares onde é possível fazer bons negócios — define a jornalista.
Em épocas de vacas magras, podem até ser uma solução para reduzir o orçamento. De acordo com a autora do guia, as feiras voltaram a estar em voga devido à crise econômica e à vantagem da personalização comparada com o uso de peças de distribuição homogênea.
A oferta nas bancas é muito diversificada e consegue captar alvos diferentes. É um universo onde se encontra de tudo. Quem ama os chapéus de palha, encontrará uma vasta oferta na feira de Montappone, na província de Fermo. Quem procura vinis antigos, pode ir a Puglia, na cidade de Lecce. Na Perúgia, há uma feira de plantas raras e variedades botânicas; em Novara, é possível encontrar o artesanato do mundo inteiro; em Faenza, há renomadas cerâmicas; em Arezzo, existe o Chelonian expo para adquirir espécies raras ou comuns de tartarugas. Para orientar o leitor, Assunta Corbo dividiu o guia por categorias: mercados de pulgas; artesanato onde mãos hábeis criam peças únicas; feiras de livros e discos; feiras vintage que não passam nunca de moda; mercados para colecionadores à procura de peças únicas; feiras de gastronomia; mercados de flores; feiras de hobby; de carros e motores; organizadas para crianças; fair trade (comércio justo); os típicos mercados de Natal; feiras originais; e feiras virtuais, “as quais se pode visitar de chinelos do sofá de casa” e comprar brinquedos, roupas, canetas, santinhos e carros antigos.
— Meu conselho é usar um par de sapatos confortáveis ​​e começar a viagem. Então, buon viaggio! — diz Assunta.

Usados e antiguidades com vendedores qualificados
Onde: Bollate, Milão
A especialização dos expositores caracteriza essa feira realizada há mais de 25 anos. Atrai quem está à procura de alguma peça única, como um item de mobiliário para completar a decoração de casa. Existem três categorias marcadas por cores: verde, de usado; vermelho, que significa antiguidades; e amarelo, que indica o étnico-folclórico. A prefeitura, em parceria com peritos, realiza um projeto de seleção de bens vendidos nas bancas. Pelo menos duas vezes por ano, é possível avaliar os bens adquiridos, o que fornece uma importante garantia para quem procura uma autêntica peça de antiguidade.
Piazza della Resistenza, todos os domingos (exceto em agosto), de 8h às 19h

Mercado de pulgas sob o pórtico
Onde: Merano, Bolzano
A Wandelhalle é a caminhada de inverno em Merano, muito característica e de grande efeito cênico. O nome nasce do fato que, mesmo nos dias de chuva ou neve, é viável graças ao pórtico. Entre pinturas das paisagens do Alto Ádige e bustos de personalidades importantes da cidade, os feirantes expõem objetos usados​​, joias, livros, artesanato, obras de arte, bijuterias e muitas outras curiosidades. É praticamente impossível não se encantar pela feira, especialmente por causa do cenário em que está inserida, com uma paisagem inesquecível.
Em Wandelhalle, passeggiata d’inverno, no último sábado do mês, de 8h às 16h

Filatelia e postais desde 1918
Onde: Milão
Aqui, os visitantes só têm olhos para as joias expostas nas bancas: selos; cartões-postais; revistas em quadrinhos antigas; livros; gravuras; envelopes selados; e cartas autografadas. Os expositores estão disponíveis para dar conselhos e encontrar a peça que falta ao comprador. Essa feira histórica acontece desde 1938 e se tornou a terceira da tipologia na Europa, depois de Paris e Londres. Embora seja voltada para colecionadores profissionais, é fascinante mesmo para um simples curioso.
Via Armorari, aos domingos e feriados, de 7:30h à 12:30h

Arenella, point de colecionadores especialistas
Onde: Cosenza
O “mercado do tempo que se foi”. Assim os calabreses gostam de chamar essa feira, que acontece no centro histórico, duas vezes por mês. Nas bancas, tem de tudo: de discos antigos de vinil a jornais e revistas, como também painéis publicitários, sem falar em brinquedos de lata e isqueiros e relógios. Os colecionadores podem se divertir com fotos e postais antigos de Cosenza, santinhos e ingressos para entrar no estádio. Passear pelas bancas da Arenella, para os cosentini, é também uma oportunidade de rever amigos e familiares e parar para bater papo.
No centro histórico, no primeiro e no terceiro domingo do mês, de 9h às 12h

Galeria de arte a céu aberto na Sardenha
Onde: Cagliari
Organizada pela associação Il caffè dell’arte, reúne em uma bela praça pintores e escultores da Sardenha. Uma centena de artistas se alterna e organiza a sua exposição individual com o objetivo de capturar, através das próprias obras, a atenção dos visitantes. Muitos são artistas emergentes, que expõem peças que são fruto de experimentações e de arte de rua.
Piazza del Carmine, no terceiro domingo do mês, de 8h à 14h

Itens para colecionador na capital
Onde: Roma
O mercatino dell’antiquariato e del collezionismo di Porta Pia acontece no belo cenário de Mura Aureliane. Nas bancas, é possível encontrar objetos de grande interesse para os amantes de roupas de segunda mão, pequenas antiguidades, vintage e itens da gastronomia regional. Para os romanos, é um lugar para relaxar e se distrair, pela manhã ou à tarde para um passeio após o almoço. Caminhar entre as mais de 60 barraquinhas significa desfrutar de horas sem preocupações — além daquela de procurar uma peça única para a própria coleção ou um móvel antigo para decorar a casa.
Porta Pia, todo segundo domingo do mês, de manhã até a noite

Stragusto, uma viagem pela gastronomia da Sicília
Onde: Trapani
A feira é uma espécie de viagem gastronômica, onde se pode comprar e saborear iguarias sicilianas, como o cuscus alla trapanese, o pane ca meusa (pão com miúdo), o sfincione palermitano, a focaccia com molho feito com cebola, anchovas e orégano com queijo caciocavallo e farinha de rosca.
Piazza Mercato del Pesce, de 24 a 27 julho

Vynil Fest reúne 80 mil discos
Onde: Salerno
Só acontece uma vez ao ano, mas vale a pena. Marcado na agenda dos amantes de vinil, foi idealizada pelo músico, colecionador e crítico musical Lorenzo Zarone, junto
 a Pino Imparato. Entre as raridades do ano passado, estava o número 36 do vinil laranja
 The Wall, do Pink Floyd, que superou o valor de 200 mil euros.
Grand Hotel Salerno, no dia 6 de janeiro

Antiguidades com direito a certificado
Onde: Desenzano del Garda, Brescia
Aqui, os expositores têm por obrigação fornecer um certificado de autenticidade para as peças expostas. Desenzano, uma das maiores cidades que fazem fronteira com o Lago di Garda, adota critérios rígidos e permite a participação de apenas 60 bancas. Um grupo de peritos do Tribunal de Turim inspeciona periodicamente a feira para garantir o máximo de profissionalismo e qualidade. Por isso, o visitante pode encontrar itens de grande valor e expositores profissionais. Há peças russas dos séculos XVIII e XIX; livros e gravuras do século XVI; objetos de marfim; e bonecas francesas, alemãs e italianas da segunda metade do século XIX. Tudo de excelente qualidade, sem embuste. Aconselha-se desfrutar de um final de semana nesta elegante e refinada cidade, fazer compras nas lojas à beira do lago e tomar uma taça de vinho Lugana.
Piazza Malvezzi, todo primeiro domingo do mês (exceto em janeiro e agosto), de 9h às 18h

Il paese dei bambini em Rimini
Onde: Rimini
No verão, o centro histórico de Riccione se transforma em uma divertida e alegre feira que tem como protagonistas as crianças. Nas bancas, há brinquedos; jornais; baralhos; figurinhas; livros; objetos usados; bonecas; pequenas criações; e joias vintage para serem trocados ou vendidos. É difícil resistir aos gibis antigos de Mickey Mouse ou dos coelhos de pelúcia. Com sorte, é possível encontrar itens vintage saídos do fundo do baú.
Centro histórico, todas as sextas-feiras de julho e agosto, de 20h às 23h

Retrò: para quem busca algo
 muito especial
Onde: Città di Castello, Perúgia
Dedicada aos amantes de antiguidades e curiosos à procura de algo incomum para satisfazer seus desejos mais incomuns. A feira, de fato, é muito popular entre os colecionadores, pois existem todos os tipos de objetos, para todos os bolsos. Se você nunca teve uma coleção em sua vida, pode passar
a ter vontade de fazê-lo ao dar uma volta pelo mercado
— e sem ter que se esforçar muito para encontrar as primeiras peças. Deixe-se guiar pela atmosfera criada pelo cenário histórico, entre palácios nobres e praças que caracterizam o centro histórico de Città di Castello, como a porta renascentista de uma Úmbria medieval.
No centro histórico, no terceiro domingo do mês, de 8h às 20h

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.