O tribunal de Nanterre, próximo a Paris, determinou que os passageiros franceses do Costa Concordia poderão ter três meses para estudar a oferta de 11 mil euros (cerca de R$ 25 mil) de ressarcimento proposta pela Costa Cruzeiros, proprietária do navio. A companhia havia solicitado que os passageiros se pronunciassem em 10 dias sobre a proposta, mas o prazo foi contestado pelas vítimas francesas da embarcação e pela Federação Nacional das Vítimas de Atentados e Acidentes Coletivos (Fenvac).
Os representantes dos passageiros alegaram que o prazo pedido pela Costa Cruzeiros equivalia a "colocar a faca no pescoço" das vítimas e pediram a extensão do tempo para dar uma resposta.
O tribunal de Nanterre julgou que "estas vítimas, cujos danos físicos e morais não foram ainda determinados, algumas ainda estão marcadas pelo desespero moral causado por esta catástrofe marítima" e "não dispõem ainda de elementos necessários e suficientes para avaliar a pertinência da oferta que lhes foi feita, e um certo número delas está enfrentando dificuldades financeiras".
Todos os passageiros ainda serão ouvidos pela delegacia marítima francesa para recolher informações sobre a circunstância do naufrágio, as condições de evacuação da embarcação e os exercícios de segurança. (ANSA)