Vencida por motivos burocráticos Renata Bueno estaciona o Passione Italia
A deputada Renata Bueno irá tentar sua reeleição nas novas eleições para o Parlamento Italiano junto ao partido Civica Popolare. Bueno que no início do mês havia quebrado o sigilo e anunciado sua reeleição através de um novo partido, foi forçada a mudar de ideia.
Andrea Matarazzo seria o presidente do novo partido, o primeiro partido italiano no Brasil. Renata já analisava nomes, alguns deles já rondavam o cenário político; o partido já havia sido registrado na Câmara dos Deputados e no ‘albo dei partiti’ na Itália, alguns dos requisitos para a oficialização do partido.
Com as novas leis eleitorais algumas novas exigências surgem, como a assinatura de apoio, que seriam em torno de 500 a 1000 assinaturas. Além das novidades no financiamento da campanha e no registro dos candidatos.
E foi por causa da lista de assinaturas que Renata precisou abortar o novo projeto e decidir por um novo caminho. O Movimento ‘Passione Italia’ permanece vivo e com planos para o futuro, Bueno afirma que ele já é um partido registrado, mas que desta vez fará parte de uma aliança na Itália.
Alguns nomes surgem como candidatos que irão concorrer junto com a deputada, como Fernando Mauro Trezza (SP), Silvia Alciati (MG) e Simone Sehnem (SC). Todos já estão em campanha, Silvia Alciati e Simone Sehnem também são candidatas a deputadas.
Alciati é conselheira do Brasil no CGIE – Conselho Geral dos Italianos no Exterior e ex-presidente do Comites de Belo Horizonte. Sehnem é contadora por formação e coordenadora dos círculos trentinos de Santa Catarina.
Fernando Mauro Trezza é o escolhido para se candidatar ao Senado, ele é presidente da Associação dos Canais Comunitários do Estado de São Paulo, presidente do Conselho Gestor de TVAbertasSP e ‘Chief executive officer’ em FMComunicação.
Quem é Renata Bueno?
Renata é brasileira, nascida em Brasília e descendente de italianos, sempre envolvida na vida pública, seguiu os passos do pai, o deputado Rubens Bueno. Iniciou sua militância aos 16 anos e já coordenou diversos projetos políticos.
Formada em Direito no Brasil, decidiu ir para a Itália e se especializou na área, no país de seus avós, cinco anos depois voltou mais envolvida na política do que nunca. Renata concorreu em 2006, pela primeira vez, ao cargo de deputada.
A menina que havia voltado uma mulher, decidida do que queria não havia tido êxito na primeira campanha, mas a derrota não foi uma desistência. Em 2008, ela é eleita vereadora em Curitiba. Em quatro anos, Renata participou de diversos projetos, foi conferencionista, destinou verba para a cultura e educação, criou o projeto Curitiba/Itália, colaborou com o acordo de intercâmbio entre a Universidade do Paraná e a ‘Tor Vergata’ na Itália.
Levantando a bandeira de maior representação aos italianos e descendentes que moram na América do Sul, Renata foi eleita à deputada em 2013, a primeira deputada ítalo-brasileira eleita pela Circunscrição na América do Sul.