Ex-ativista italiano não foi encontrado em endereços no litoral de São Paulo e na capital do estado; agentes seguem em busca
Após fazer buscas em endereços ligados a Cesare Battisti , nesta sexta-feira, a Polícia Federal passou a considerá-lo foragido. Ontem, o ministro do Supremo tribunal Federal (STF), Luiz Fux, determinou a prisão do italiano para que ele fosse extraditado para seu país.
De acordo com integrantes da PF, após a ordem do STF, Battisti passou a ser procurado para ser preso, mas não foi localizado na casa onde vivia em Cananeia, no litoral sul de São Paulo, e também em endereços ligados a ele na capital paulista. Os policiais investigam outros possíveis paradeiros do italiano.
O advogado de Battisti, Igor Yamasaki Tamasauskas afirmou que tenta contato com seu cliente desde ontem à noite, sem sucesso.
— Falo com ele em ocasiões pontuais. Desde ontem não consegui fazer contato com Battisti por telefone — disse. Mesmo assim, Tamasauskas afirma que recorrerá ao plenário do Supremo sobre a decisão de Fux, na tentativa de reverter a prisão. A petição deve ser protocolada ainda hoje.
Considerado terrorista pela justiça italiana, Battisti vive no Brasil em liberdade desde 2010. Naquele ano, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a extradição do italiano no seu último dia de mandato. A Itália solicita a extradição de Battisti porque ele foi condenado pelo assassinato de quatro pessoas.
Nesta sexta-feira, o presidente eleito Jair Bolsonaro respondeu por meio de publicação no Twitter ao ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini , que o parabenizou pela decisão da Justiça. “Conte conosco”, escreveu Bolsonaro, que prometeu a Salvini se empenhar pessoalmente para resolver o assunto.