O grupo havia se estabelecido em Belo Horizonte e em Nova Lima, na região metropolitana da capital mineira. Até o momento, quatro estrangeiros foram presos e os demais estão foragidos. Não foram divulgados os países de origem dos acusados.
As investigações tiveram início em fevereiro do ano passado. A Polícia Federal mapeou a logística para a exportação da cocaína e monitorou as movimentações do grupo, inclusive nos encontros com compradores e fornecedores. Em novembro, foi identificada uma exportação de sete blocos de granito, saindo dos portos de Vitória e do Rio de Janeiro. O destino final da mercadoria era a Espanha, mas havia uma parada no porto de Antuérpia, na Bélgica.
A PF obteve o apoio da polícia belga, que vistoriou a carga e apreendeu 1,02 mil quilos de cocaína. Diante do flagrante, o grupo transferiu seus equipamentos para um galpão em Vitória, e a maioria de seus integrantes deixou o país. Os aparelhos foram encontrados. A Justiça Federal decretou as prisões preventivas dos investigados e autorizou a inclusão de seus nomes na lista de procurados internacionais pela Interpol.
Na última sexta-feira (28), um dos integrantes do grupo que ainda estava em território brasileiro foi preso em São Paulo e conduzido para um presídio em Belo Horizonte. No mesmo dia, uma parceria com a Polícia Nacional da Colômbia permitiu que fossem localizados neste país outros três investigados. A PF já apresentou à Justiça Federal uma solicitação para que seja formalizado o pedido de extradição ao governo colombiano.
Se condenados pela prática dos crimes de tráfico internacional de drogas e de organização criminosa, os estrangeiros podem receber penas de até 30 anos de reclusão. Segundo a PF, prossegue a parceria com forças policiais da Colômbia,e também de outros países, para encontrar os demais investigados. (Agência Brasil)