BIANUAL

BIANUAL

A partir de
Por R$ 299,00

ASSINAR
ANUAL

ANUAL

A partir de
Por R$ 178,00

ASSINAR
ANUAL ONLINE

ANUAL ONLINE

A partir de
Por R$ 99,00

ASSINAR


Mosaico Italiano é o melhor caderno de literatura italiana, realizado com a participação dos maiores nomes da linguística italiana e a colaboração de universidades brasileiras e italianas.


DOWNLOAD MOSAICO
Vozes: Cinco <br>Décadas de Poesia Italiana

Vozes: Cinco
Décadas de Poesia Italiana

Por R$ 299,00

COMPRAR
Administração Financeira para Executivos

Administração Financeira para Executivos

Por R$ 39,00

COMPRAR
Grico Guia de Restaurantes Italianos

Grico Guia de Restaurantes Italianos

Por R$ 40,00

COMPRAR

Baixe nosso aplicativo nas lojas oficiais:

Home > Planeta em pauta

Planeta em pauta

28 de junho de 2016 - Por Comunità Italiana
Planeta em pauta

Planeta em pautaProfessor da Universidade de Florença esteve em São Paulo para a conferência sobre a encíclica da igreja que aborda sustentabilidade

“A mãe terra, que nos sustenta e produz variados frutos com flores coloridas e verduras (…) esta irmã clama contra o mal”. Esse trecho resume o foco da encíclica intitulada Laudato Si (Louvado sejas), que o papa Francisco editou há um ano, exatamente em 24 de maio de 2015, sobre o cuidado da ‘casa comum’, o nosso planeta. Trata-se de uma apresentação da visão cristã dos problemas ecológicos. Para falar da importância do assunto e dos impactos na economia, o professor titular de história do pensamento econômico da Universidade de Florença, Piero Roggi, foi convidado pelo Instituto Italiano de Cultura de São Paulo (IIC) para a conferência na tradicional Faculdade de São Bento, em 19 de maio.
Com o tema ‘A encíclica Laudato Si e o insustentável peso da ciência econômica’, o conferencista traçou um histórico de diversos momentos da igreja com o objetivo de esclarecer assuntos críticos de cada época.
— As encíclicas da Igreja surgem quando se apresenta um problema social. Já foram abordados temas como a questão operária e o cooperativismo econômico, entre outros. O papa Bergoglio, por sua vez, aprecia o movimento ambientalista. Ele critica a ecologia superficial e defende uma ecologia integral que implica uma conversão individual do sujeito — analisou Roggi, autor de várias publicações entre as quais: I Cattolici e la Piena Occupazione: l’attesa della povera gente (Ed. La Pira) e Scelte Politiche e Teorie Economiche nel Quarantennio Repubblicano.
Edwirges Macedo, estudante de teologia da Faculdade de São Bento, acompanhou a conferência para compreender melhor o documento.
— Preciso estar por dentro do documento da igreja que tem  um tema bem atual, esse problema da ecologia que faz parte da vida humana, por isso a importância da encíclica — diz.
O professor de ciências bíblicas da Faculdade que recebeu a conferência, Domingos Zamagna, explica como a temática da Laudato Si pode impactar a economia dos países.  
— Os que conhecem a história da Igreja sabem que ela tem longa tradição de refletir sobre problemas econômicos. A Igreja se empenha para que a economia esteja a serviço dos povos, e não o contrário, pois sabemos que há sistemas que se afastam do humanismo e dão sustentação a grupos que se aplicam à exploração de pessoas, das famílias, dos povos — analisa.
Destinada a estudantes, professores e convidados, e aberta à imprensa, a conferência com Piero Roggi lotou o auditório.
— O professor Roggi é um intelectual respeitado como historiador dos sistemas econômicos e, dentre as críticas emitidas, acredita que o Papa foi severo demais com os economistas. Creio que ele fez suas observações a partir de um ponto de vista que ainda se encontra no continente europeu. Para o papa argentino, economistas afinados com pragmáticas devastadoras da natureza merecem, realmente, uma advertência de quem tem uma visão humanística, sobretudo se for aperfeiçoada pela tradição de um São Francisco de Assis, cujo Cântico das Criaturas, verdadeiro grito ecológico, serviu de inspiração para o título da encíclica. Sob esse aspecto, o Brasil tem muito a aprender e dialogar com a cultura italiana — avalia Zamagna.
Grau máximo das cartas pontifícias, a encíclica tem um âmbito universal. Entre os principais documentos do atual pontificado, estão a encíclica Lumen Fidei (A luz da Fé), na qual Francisco recolhe reflexões de Bento XVI, e a exortação apostólica Evangelii Gaudium (A alegria do Evangelho).
A palavra ‘encíclica’ vem do grego e significa ‘circular’, carta que os Papas enviavam às igrejas em comunhão com Roma, com um âmbito global. O Papa mais prolífico neste tipo de cartas é Leão XIII, com 86 encíclicas, embora muitos dos textos fossem, nos nossos dias, classificados como Cartas Apostólicas ou Mensagens. São João Paulo II escreveu 14 encíclicas, e Bento XVI, três. Quando tratam de questões sociais, econômicas ou políticas, são dirigidas, normalmente, não só aos católicos, mas também a todos os homens e mulheres de boa vontade, prática iniciada pelo Papa João XXIII com a encíclica Pacem in terris (Paz na Terra, 1963).   

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.