Passou de 5 milhões o número de pessoas que vivem em pobreza absoluta na Itália, em 2017. É o valor mais alto já registrado na série histórica do Instituto Italiano de Estatísticas (Istat, em italiano), iniciada em 2005
As famílias que vivem em pobreza absoluta são 1,8 milhão, com 5,05 milhões de indivíduos. O relatório foi divulgado nesta terça-feira (26) e aponta que a incidência de pobreza absoluta é de 6,9% (contra 6,3% em 2016) para famílias e 8,5% (7,9% em 2016) para indivíduos. As duas porcentagens são as mais altas da série histórica.
O aumento da pobreza absoluta atinge principalmente o sul da Itália, onde uma a cada dez pessoas vive nessa situação. A incidência medida pelo Istat, naquela região, subiu de 8,5% em 2016 para 10,3% em 2017 entre as famílias, e de 9,8% a 11,4%, para indivíduos.
A piora abrange sobretudo aqueles que vivem nas cidades principais, em cidades no centro de áreas metropolitanas e em cidades de dimensões menores, de até 50 mil habitantes. Na Itália, cerca de 1,2 milhão de menores de idade vivia em pobreza absoluta em 2017.
Além disso, o risco de pobreza aumenta com o crescimento dos filhos menores de uma família: a incidência compreende 10,5% das famílias com pelo menos um filho e chega a 20,9% nas famílias com três ou mais filhos.
(Agência ANSA)