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Home > Por trás do vinho oficial da Copa

Por trás do vinho oficial da Copa

15 de janeiro de 2014 - Por Comunità Italiana
Por trás do vinho oficial da Copa

Por trs do vinho oficial da CopaVinícola escolhida pelo comitê da Fifa foi fundada por descendentes de imigrantes vênetos da pequena Breganze

A vinícola brasileira Lidio Carraro, produtora do vinho licenciado pela Fifa como o oficial da Copa do Mundo 2014, está localizada no Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha. E, como a maior parte dos seus vizinhos, é uma propriedade familiar cujas origens remontam ao final do século XIX, quando chegaram à região os primeiros imigrantes vênetos com as suas sementes de uvas. A história da vinícola começou em 1875, com a vinda de Michele Carraro — proveniente da pequena Breganze, situada na província de Vicenza, no Vêneto — que se estabeleceu no Rio Grande do Sul e se especializou no cultivo de uvas.
Durante muitas décadas, a família Carraro optou apenas pelo cultivo, especializando-se cada vez mais nesta arte. Até que, na década de 1990, Juliano Carraro, tataraneto do patriarca, ingressa na faculdade de enologia e logo contagia o resto da família com o seu sonho de elaborar vinhos. Em 1998, o pai de Juliano, Lidio Carraro, converte os primeiros sete hectares da sua propriedade para o cultivo de uvas selecionadas. Em 2001, ocorre a fundação oficial da Vinícola Boutique Lidio Carraro, que, desde o início, chegou ao mercado quebrando paradigmas ao propor uma filosofia purista, com produção controlada, pequena e de altíssima qualidade. A empresa se constituiu com a união de duas gerações: de um lado o pai, Lidio Carraro, e, do outro, os três filhos— os enólogos Juliano e Giovanni e a arquiteta especialista em marketing Patrícia.
Hoje, a vinícola detém mais de 200 hectares, produz vinhos considerados de padrão internacional e comemora um crescimento de 185% no último ano, com as vendas impulsionadas principalmente pelo inovador projeto enológico Faces, que conquistou o selo de vinho oficial da Copa do Mundo 2014. Esta conquista é fruto de um percurso marcado pela busca da excelência, que, antes de chamar a atenção dos rigorosos membros do Comitê da Fifa, já possuía um histórico de reconhecimentos internacionais.

Marca produziu o vinho oficial dos Jogos Pan-Americanos de 2007
Em 2005, poucos meses depois de colocar no mercado as primeiras garrafas com a sua marca, a Lidio Carraro venceu uma seleção para representar o Brasil nas prateleiras de vinhos do Duty Free de aeroportos internacionais, tornando-se o primeiro produtor nacional a conquistar este posto. Dois anos depois, produziu o vinho oficial dos Jogos Pan-Americanos Rio 2007. Em 2010, foi a vez da Stock Car convidar a vinícola boutique da Serra Gaúcha para produzir o espumante oficial comemorativo aos 30 anos da principal categoria do automobilismo nacional.
— Uma coisa puxou a outra e, em 2011, em uma feira esportiva no Rio de Janeiro, tivemos o primeiro contato com a Fifa — conta Patrícia Carraro, responsável pela área de marketing da empresa da sua família.
Ela conta que sabia da existência de outras empresas concorrentes:
— Ficamos na expectativa. Quando saiu o resultado, já nem esperávamos mais — lembra, salientando que um dos pontos que pesou na disputa foi, justamente, o fato de ser uma vinícola boutique, “pois a Fifa procurava um vinho que pudesse agregar valor ao evento”.
Assim, em março de 2013, foi feito o anúncio oficial do projeto vencedor para receber o selo de vinho da Copa do Mundo 2014. Em junho do mesmo ano, durante a Copa das Confederações, ocorreu o lançamento oficial do primeiro rótulo da edição limitada, o Faces Branco, que une as três uvas brancas mais cultivadas no Rio Grande do Sul. Poucos meses depois, chegou ao mercado o Faces Tinto, com uma surpreendente combinação de 11 uvas tintas que homenageiam diretamente o futebol e os seus 11 jogadores em campo.
— Uma das inspirações do rótulo tinto foi, além de homenagear o futebol, fazer uma alusão à miscigenação de etnias no Brasil, com uvas de diversas origens, incluindo uvas italianas — afirma Patrícia, ao salientar que a sua vinícola é pioneira na produção de algumas destas uvas italianas em solo brasileiro. Entre elas, está, por exemplo, a Nebbiolo, a “rainha das uvas” na Itália, responsável por rótulos famosos do Piemonte como Barolo e Barbaresco.

Equipamentos importados do Belpaese
Por trás desta criação explosiva, que em poucos meses já foi exportada para países como Dinamarca, Inglaterra, Bélgica, Finlândia, Canadá e Japão, está uma jovem enóloga brasileira que divide seu tempo entre Brasil e Itália.
— Este é um vinho original, vibrante, jovem, equilibrado, que reflete a cor, os aromas e os sabores do Brasil — comenta Mônica Rossetti, que, com apenas 30 anos e mais de 13 de experiência na área, já conquistou prêmios internacionais, levou os vinhos da Lidio Carraro a alcançar posições históricas para o mercado brasileiro e ainda construiu uma carreira de fama na Itália, onde presta consultoria para renomadas empresas, como o grupo Ferrari Spumanti e outras vinícolas de regiões tradicionais produtoras de vinho, como Toscana, Piemonte, Vêneto, Trentino Alto-Ádige, Friuli e Úmbria.
— A atuação dela na Itália nos aproxima bastante das empresas de lá, permitindo um importante intercâmbio técnico, já que a Itália é referência em tecnologia na nossa área — afirma Patrícia, lembrando que boa parte dos equipamentos da vinícola é importada da Itália.

Rigoroso controle de qualidade e ausência de correções enológicas
Desde a fundação, a vinícola da família Carraro mantém o seu caráter familiar, com cerca de 20 colaboradores, entre membros da família e profissionais contratados. Também mantém um rigoroso controle de qualidade e o foco na produção de vinhos de alto padrão. A chamada “filosofia purista” da vinícola consiste em unir respeito à terra e à mão de obra, com o compromisso de resgatar a essência do vinho através de um processo produtivo conduzido com a mínima interferência, sem o uso tradicional da madeira ou de correções enológicas. O respeito às uvas fica evidente quando se observa o grande rol de variedades produzidas no portfólio de vinhos da empresa, todos integralmente feitos com uvas próprias. Das variedades mais utilizadas no Brasil, como Merlot, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Tannat, Pinot Noir, Chardonnay e Moscatel, aparecem também uvas pouco comuns ou inéditas em solo brasileiros, como as italianas Teroldego e Nebbiolo.

O vinho oficial da Copa custa R$ 39
O produto de alto padrão está sendo oferecido por um preço acessível (R$ 39,00) e comercializado através de redes regionais de vendas, diferentemente dos outros vinhos Lídio Carraro, vendidos apenas em lojas especializadas.
— Conseguimos atingir um custo-benefício fantástico para um produto Premium. Fica a dica para quem quiser garantir o seu vinho — salienta Patrícia Carraro, lembrando que mais de 40% dos lotes desta edição limitada já foram comercializados. A sócia-proprietária da vinícola aposta no aumento das vendas a partir de março de 2014, quando o público começará a “respirar Copa do Mundo”. Além das versões branco e tinto, em breve começará a ser comercializada a versão rosê do vinho Faces.

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.