Comunità Italiana

Potências do euro vão se reunir após novo pedido de resgate


Autoridades de Finanças das quatro maiores economias da zona do euro vão se reunir em Paris nesta terça-feira (26) para tentar reduzir as diferenças sobre o futuro do bloco de moeda única após o Chipre ter se tornando o quinto membro a pedir resgate.

Como preparação para a cúpula da União Europeia que começa na quinta-feira, ministros de Alemanha, França, Itália e Espanha discutirão o gerenciamento da crise no curto prazo e propostas para uma integração fiscal e bancária de longo prazo.

Relatório preparado pelas quatro autoridades da UE sugere que a zona do euro pode criar um tesouro para a moeda única

Os mercados financeiros estão nervosos e a pressão internacional para uma ação decisiva cresce, mas a cúpula, a 20a desde que os problemas de dívida do bloco começaram no início de 2010, não deve resultar em uma solução duradoura para a crise.

"Amanhã haverá uma reunião, que será muito importante, entre (o presidente francês François Hollande e (a chanceler alemã) Angela Merkel, e esta noite receberei os ministros das Finanças junto com o comissário europeu", disse o ministro da Economia francês, Pierre Moscovici.

Um relatório preparado pelas quatro autoridades da UE sugere que a zona do euro pode criar um tesouro para a moeda única e emitir eurobônus no médio prazo como a etapa final de uma união fiscal.

Entretanto Merkel, que lidera a maior economia da Europa e principal contribuidor de seus fundos de resgate, novamente descartou na segunda-feira qualquer compartilhamento de dívida ou responsabilidades bancárias, afirmando que isso é "economicamente errado e contraprodutivo".

A sessão entre os ministros das Finanças foi convocada tão às pressas -em uma aparente tentativa de reparar os danos da disputa pública entre Merkel e líderes dos outros três Estados em Roma na semana passada- que a assessoria de imprensa de um dos ministros só soube do convite na terça-feira de manhã.

O Chipre, terceiro menor país da zona do euro e com uma economia de apenas 1 milhão de moradores, ampliou o drama na segunda-feira ao pedir um resgate.

(Reuters)