Chiara Appendino já havia sido ameaçada há um mês
Na noite da última terça-feira (14), a prefeita de Turim, Chiara Appendino, recebeu mais uma carta de ameaça. Desta vez, a correspondência continha uma bala de arma de fogo.
O envelope foi interceptado na sede da Prefeitura da capital do Piemonte, pouco mais de um mês depois de Appendino ter recebido um pacote explosivo em seu gabinete.
A carta-bomba tinha como remetente o nome “Escola A. Diaz”, em referência a um colégio de Gênova que foi palco de torturas da polícia contra manifestantes de esquerda durante uma cúpula do G8 na cidade, em julho de 2001.
A principal suspeita é que aquele envelope tenha sido mandado por anarquistas, já que o episódio ocorreu pouco depois do desalojamento de um imóvel ocupado por militantes de esquerda em Turim.
Desta vez, no entanto, a carta não tinha nenhuma mensagem nem remetente, e o selo não era timbrado. Até o momento, os investigadores descartam a hipótese de uma nova ameaça anarquista.
“Essas tentativas de intimidação não surtem qualquer efeito. Pelo contrário, me estimulam a continuar desenvolvendo meu papel de prefeita com máxima determinação”, disse Appendino no Facebook.
Já o vice-primeiro-ministro Luigi Di Maio, líder do partido da prefeita, o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), afirmou que ela é uma “mulher forte” e expressou sua solidariedade.