Comunità Italiana

Prefeito de L’Aquila critica construção de hospital local

L'AQUILA – O prefeito da cidade de L'Aquila, Massimo Cialente, disse nesta teça-feira que foram cometidos "gravíssimos erros na execução das obras" do hospital local San Salvatore, que ficou inutilizável devido ao terremoto que atingiu a região de Abruzzo no último dia 6.    

"O hospital não era utilizável, é certo, mas a habitabilidade é certificada ao se completar os trabalhos", disse Cialente, que também é médico, em entrevista ao canal Rainews24.   

O prefeito explicou que quando tomou posse, há dois anos, "a estrutura não estava totalmente registrada e as obras, iniciadas nos anos 70, não estavam ainda terminadas".    

"Neste caso, como em outros, estamos pagando duramente por erros, incluindo os pequenos, devido a uma carência de rigor na construção dos edifícios", criticou Cialente.    

Segundo a imprensa italiana, o centro hospitalar, projetado entre as décadas de 60 e 70 e ativado apenas em 2000, não tinha cédula de habitabilidade para funcionar.   

O prefeito ainda ressaltou que o problema do hospital não é apenas sobre a praticabilidade ou inscrição no cadastro, que, segundo ele, "são coisas burocráticas", mas sim, no modo como o hospital "foi construído".    

"O hospital não teria sido demolido se tivesse sido construído como tinha que ter sido construído", afirmou Cialente.    

Relembrando a Casa do Estudante, erguida nos anos 70 e também destruída pelo terremoto, o prefeito pediu mais rigor nas normas de construção e mais responsabilidade na execução das obras.
   

O tremor de terra, que chegou a 5,8 graus na escala Richter, afetou grande parte das edificações da região de Abruzzo.
   

A Defesa Civil de L'Aquila, capital da região e epicentro do abalo, informou na última segunda-feira que cerca de 30% das construções locais analisadas até o momento estavam inutilizáveis.
   

Atualmente, agentes da Defesa Civil, bombeiros e especialistas estão verificando a situação dos edifícios das cidades mais atingidas pelo tremor, que causou ainda 294 mortes e deixou ao menos 50 mil desabrigados.