Gentiloni afirma que o crescimento se deve as práticas que tiveram início no governo de Matteo Renzi
O Premier Paolo Gentiloni esteve presente no Fórum Econômico Mundial e falou sobre o crescimento econômico da Itália. O discurso aconteceu nesta quarta-feira (24) em Davos, na Suíça.
Os bons resultados, aos olhos de Gentiloni, é um reflexo da administração pública e das reformas trabalhistas e do sistema bancário, iniciadas no governo de Matteo Renzi, que este ano se reelege para o cargo de primeiro-ministro.
O Brexit, os imigrantes e o voto
O Primeir-ministro italiano aproveitou para falar sobre as eleições para o Parlamento Italiano que acontecerão em 40 dias, no dia 04 de março. Gentiloni reforçou seu desejo em não ver os populistas no poder.
De acordo com o Premier o populismo não é a saída que a Itália precisa neste momento.
“Há ainda grandes partes da população que se sentem insatisfeitas com suas condições de vida e preocupadas sobre o futuro. O crescimento econômico não reduziu todas as desigualdades, mas em muitos países, como na Itália, ainda estão vivendo isso, mesmo se já há crescimento econômico”, destacou.
Sobre a imigração, um assunto tão atual e presente para a Itália, Gentiloni manteve o mesmo posicionamento e afirmou que apesar da atitude de acolhimento dos milhões de estrangeiros ter custado um preço alto, não fecharia os portões a eles.
“Sim, você pode defender e proteger seus cidadãos, seus trabalhadores, suas empresas, mas nós moramos em um mundo norteado por acordos de comércio, comércio-livre, regras internacionais, decisões multilaterais, e temos que manter o sistema ainda funcionando”, destacou.
Gentiloni também falou sobre o Brexit, outro assunto polêmico em 2017, que somado a crise econômica e migratória foi a conta certeira que atingiu a União Europeia.
Porém, para o premier os anos difíceis de crise ficaram para trás. “Aqueles que apostaram no fim da União Europeia com a crise, claramente, perderam”, conclui.