Centenas de fiéis aguardaram a primeira missa em homenagem à Santa, realizada às 5h dessa segunda-feira (14)
Centenas de fiéis participam da primeira missa em homenagem à Santa Dulce dos Pobres, que começou às 5h (horário de Brasília) na Basílica Sant’Andrea della Valle, em Roma, que tem capacidade para mil pessoas sentadas.
A missa foi celebrada em português por Dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador, terra natal da santa. As cinco primeiras filas foram reservadas a autoridades como o vice-presidente Hamilton Mourão e os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli.
— Há muitos pedidos no coração de cada um — diz Krieger, que não conheceu Santa Dulce. — Ouvi relatos, como o de um menino de 15 anos que lhe pediu para não morrer abandonado na rua. Santa Dulce era assim. Ela não planejou fazer esta obra social, tudo foi acontecendo naturalmente.
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), foi muito assediado na entrada da missa e falou sobre os possíveis reflexos da canonização na cidade:
— Não há dúvidas de que a canonização de Santa Dulce terá um impacto muito grande em uma cidade já marcada pela religiosidade. Vamos ter mais peregrinos e romeiros interessados (no turismo religioso). Meu avô ficaria muito emocionado neste momento, ele ajudou a Santa Dulce durante toda sua vida. Quis o destino que eu fosse perfeito neste momento e pude ajudar Maria Rita.
A sobrinha da nova santa, Maria Rita Lopes Pontes, recebeu os convidados da missa perto do altar. No início da cerimônia, ela entrou na igreja segurando uma cruz de madeira.
— Diria que este reconhecimento tem mais valor para sua obra do que para ela. Isso só teria importância para toa se houvesse uma multiplicação de suas obras sociais — descreve Maria Rita.
Segundo Maria Rita, são esperadas 55 mil pessoas em uma missa em homenagem à santa na Fonte Nova, em Salvador, no próximo domingo.
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, compareceu à missa nesta segunda-feira, mas não deu entrevista.
Devota de Santa Dulce, a cantora Margareth Menezes, que cantou um hino durante a canonização, voltará a se apresentar, assim como o saxofonista Waldonys.
Santa Dulce, que morreu em 1992, teve a terceira canonização mais rápida da História, atrás apenas de Madre Teresa de Calcutá (cujo processo durou 19 anos) e do Papa João Paulo II (nove anos). (O Globo)