Comunità Italiana

Principal central sindical na bota faz greve

Trabalhadores, estudantes e políticos iniciaram na manhã desta sexta-feira uma greve geral, promovida pela Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL), contra as mudanças na política econômica propostas pelo governo italiano.
   
A greve começou por volta das 9h45 desta manhã em diversas cidades da Itália. Em Roma o percurso irá da Piazza Santa Croce à Piazza San Giovanni, passando pelo Coliseu, onde há um posto da CGIL.
   
Em Milão, centenas de manifestantes partiram do Largo Cairoli e seguem para a Praça da Catedral. Muitos slogans de protesto são contra Mariastella Gelmini, ministra da Educação, por sua polêmica proposta de reforma escolar, e Renato Brunetta, ministro de Administração Pública e Inovação da Itália.
   
O secretário-geral da CGIL, Gugliemno Epifani, que participa da manifestação em Bolonha, afirmou que "os primeiros dados sobre a adesão a greve são muito bons, principalmente nas fábricas do norte, e esta reação demonstra a necessidade de mudança da política do governo".
   
Epifani disse esperar que "o governo possa mudar as estratégias e enfrentar com seriedade a gravidade desta crise".
   
Além de uma mudança na política econômica do governo, os sindicalistas pedem mais postos de trabalho, maiores salários, melhores condições de aposentadoria e mais direitos, como a garantia de 80% do salário em caso de perda de emprego.
   
A CGIL espera que a greve — que recebeu o apoio do Partido Democrata, de Walter Veltroni, que faz oposição ao governo — conte com a adesão de todos os seus filiados, com exceção do transporte aéreo e do transporte público nas cidades de Veneza e Roma, atingidas por fortes inundações.
   
No dia 28 de novembro, o governo do premier italiano, Silvio Berlusconi, aprovou uma série de medidas anticrise, no valor total de 80 milhões de euros. Segundo a oposição, este valor já havia sido designado pela União Européia para a construção de intra-estruturas no país.
 
 
 
Fonte: Ansa