A Procuradoria da Federação Italiana de Futebol (Figc) pediu o afastamento por dois anos e meio do presidente da Juventus, Andrea Agnelli, por conta da sua “relação não autorizada por regulamento” com torcedores organizados da equipe, os chamados “ultràs”.
O caso refere-se, mais especificamente, as ações ilegais na venda de ingressos para os organizadores e atinge outros membros da diretoria do clube bianconero.
Além disso, o procurador Giuseppe Pecoraro pediu o pagamento de uma multa de 50 mil euros por parte de Agnelli e três partidas sem torcida – duas com portões fechados e uma sem a presença da torcida na chamada “curva sul” do estádio para o time. O clube ainda teria que pagar uma outra multa de 300 mil euros.
As audiências foram retomadas nesta sexta-feira (15) após uma pausa durante o período de férias nas instituições italianas.
Antes dessa pausa, Agnelli prestou depoimento tanto para a Procuradoria da Figc como para a Comissão Antimáfia do Parlamento da Itália sobre o suposto esquema ilegal de venda e gestão de ingressos da Velha Senhora.
O presidente, assim como os demais funcionários da equipe italiana, sempre negara, as acusações, que surgiram após denúncias da mídia italiana. Os jornais informaram que o líder de uma das torcidas organizadas da Juve, chamado de Rocco Dominello, participava de uma ‘ndrine, uma vertente da máfia ‘ndrangheta.
Em um depoimento judicial, o torcedor informou que falou com o presidente Agnelli sobre a venda e gestão de ingressos do clube para os mafiosos. Tanto a Procuradoria de Turim como da Figc abriram as investigações para verificar se há alguma relação entre clube e máfia e/ou dirigentes e máfia. (ANSA)