O Irã e o grupo 5+1, formado por Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, China, Rússia e União Europeia, chegaram a um acordo em torno dos principais pontos relativos ao programa nuclear do país persa.
Após mais de uma semana de negociações em Lausanne, na Suíça, Teerã e as potências mundiais também decidiram manter as conversas até o dia 30 de junho e em começar a escrever um texto definitivo para referendar o acordo.
As tratativas preveem que o Irã interromperá seu programa de enriquecimento de urânio – com exceção da usina de Natanz -, aceitará submeter suas atividades nucleares a controles internacionais pelos próximos 25 anos e transformará a planta de Fordo em um centro de pesquisas.
Em troca, todas as sanções econômicas impostas ao país nos últimos anos e as resoluções adotadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas serão retiradas, mas apenas quando a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) confirmar que ele cumpriu a sua parte no acordo.
O papel de anunciar os resultados das tratativas coube à alta representante para Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini, e ao ministro de Relações Exteriores iraniano, Mohammad Javad Zarif. “A solução de 360 graus encontrada em Lausanne garantirá a natureza exclusivamente pacífica do programa nuclear do Irã”, disse a italiana. Segundo ela, foi dado um “passo histórico rumo a um mundo melhor”. (ANSA)