O projeto do novo estádio da Roma recebeu nesta última quarta-feira (22) parecer favorável da Prefeitura da capital italiana. O documento já foi encaminhado ao governo da região do Lazio, que também precisa avalizar a construção.
“Depois de um acurado e sinérgico trabalho por parte dos órgãos e departamentos envolvidos, Roma Capital enviou à Região do Lazio o parecer único favorável ao projeto do estádio de Tor di Valle”, diz um comunicado da Prefeitura da “cidade eterna”.
O projeto já havia recebido o ok da prefeita Virginia Raggi e do Conselho Municipal (equivalente à Câmara de Vereadores) e será discutido pelo governo do Lazio, em uma conferência convocada para o próximo dia 24 de novembro.
Inicialmente, em 2016, o gabinete de Raggi havia dado parecer desfavorável à obra, alegando problemas urbanísticos e viários no projeto, mas alterações promovidas pelo clube em fevereiro de 2017 permitirão que a arena saia do papel.
Mudanças no projeto
As principais mudanças dizem respeito ao entorno do estádio: três torres comerciais que estavam previstas no projeto inicial não serão mais construídas, e o “business park” (“parque de negócios”, em tradução livre) terá seu tamanho reduzido em 60%. Por outro lado, será incluída no projeto uma estação ferroviária para servir à arena. O estádio terá capacidade de 52,5 mil lugares (expansível para até 60 mil) e arquibancadas próximas ao gramado, ao contrário do Olímpico, onde a Roma manda seus jogos atualmente.
O complexo exigirá mais de 2 bilhões de euros em investimentos, mas o estádio em si custará 400 milhões, valores que serão financiados majoritariamente pela incorporadora norte-americana Starwood Capital e pela promotora de eventos AEG Facilities – a construção da arena é um dos principais objetivos dos investidores dos Estados Unidos que compraram a Roma em 2011, liderados pelo atual presidente do clube, James Pallotta.
O projeto também inclui espaços comerciais, zona de eventos e entretenimento, restaurantes, áreas verdes e um local de convívio dedicado aos torcedores romanistas. O bairro escolhido para a obra, Tor di Valle, fica na zona sul da capital, no meio do caminho entre o centro e o aeroporto de Fiumicino, um dos mais movimentados da Itália. (ANSA)