Brasil é o quarto maior mercado de água engarrafada do mundo. Italianas S.Pellegrino e Acqua Panna estão entre as marcas internacionais mais consumidas no país

Em uma combinação de minerais e, às vezes, de gases naturais, elas ajudam a realçar a percepção dos sabores dos ingredientes da culinária, além de serem fonte de purificação para o organismo. As águas minerais engarrafadas constituem também a preferência de uma grande parcela populacional e registraram crescimento global nas últimas décadas. Segundo a BCC Research, estima-se que o mercado de água engarrafada mundial tenha atingido mais de US$ 117 bilhões em 2013.  Durante os próximos cinco anos, a previsão é de que a taxa de crescimento anual composta seja de 10,7%, para o período de 2013 a 2018.
A água mineral é obtida a partir de recursos hídricos subterrâneos e seu consumo depende de questões como a prevenção de contaminação dos aquíferos que permitem a qualidade e a comercialização em garrafa, feita por grandes indústrias de bebidas.
A Itália ocupa o segundo lugar no consumo, atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com a pesquisa do Censis italiano de 2014. Anualmente, são gastos 234 euros por família apenas com consumo de água engarrafada. Já o Brasil, segundo a Beverage Market Corporation, é o quarto maior consumidor global, tendo consumido 17,4 bilhões de litros em 2012 — um crescimento de 2,4% em relação ao ano anterior. Grande parte do consumo é de produtos italianos.
A forma mais comum de avaliar a qualidade da água é observando o ph (potencial hidrogeniônico), que indica a acidez, neutralidade ou alcalinidade. Quanto maior o número, menos ácida é a água.
— O ideal são as bebidas mais alcalinas, com ph a partir de 8. O meio ácido pode acarretar várias doenças, como o câncer — explica a nutricionista funcional da clínica p4b Health, Mariana Frank.
A de torneira, geralmente, apresenta ph neutro ou ácido, e pode sofrer contaminação por conta de tubos enferrujados e a presença de cloro.
Segundo a nutricionista Mariana, ainda vale a pena observar alguns fatores antes da escolha da bebida.
— As gaseificadas artificialmente acidificam ainda mais o sangue. Outra questão importante é o bisfenol A (BPA, na sigla em inglês), composto tóxico do plástico, liberado na bebida, na presença de calor e luz. O ideal é preferir garrafa de vidro ou plástico com BPA free — recomenda.
 
Italianas marcam presença no mercado brasileiro
As águas S.Pellegrino e Acqua Panna são as duas marcas italianas mais comercializadas no mercado brasileiro. Elas são registradas da Sanpellegrino S.p.A., sediada em Milão e possuem representatividade no Brasil. Apresentam características distintas e atendem à necessidade de públicos e gostos diferentes. A fonte explorada pela empresa fica na cidade de San Pellegrino Terme, na região da Lombardia. Reverenciada como o champanhe das águas minerais, a S.Pellegrino é reconhecida como uma água equilibrada, ideal para acompanhar vinhos tintos, pratos à base de carne e molhos encorpados. Engarrafada desde 1899, consolidou-se como um marco do estilo de vida italiano.
Já a fonte da Acqua Panna localiza-se em uma área de 25 quilômetros quadrados ao norte de Florença, próximo ao vilarejo de Mugello, na Toscana. É uma opção leve, preferida pelas associações de sommeliers para acompanhar degustações de vinhos brancos, frescos e frutados. A Acqua Panna é oferecida, assim como a S.Pellegrino, sem gás.
Segundo a Nestlé Institucional, que comercializa as duas águas no Brasil, as marcas têm um compromisso com a melhoria em benefício do planeta.
— Todo esse trabalho é desenvolvido baseado no conceito de criação de valor compartilhado. Para o sucesso dos negócios em longo prazo, tão importante quanto gerar valor para os acionistas, é gerar valor para a sociedade. Prova desse esforço foi o lançamento, este ano, da S.Pellegrino em embalagem sustentável Pet de 1 litro. O lançamento incrementa o portfólio, que já contava com embalagens de vidro — divulgou a Nestlé, em nota enviada à Comunità.
Tanto a S.Pellegrino quanto a Acqua Panna são distribuídas em mais de 120 países. No Brasil, elas são comercializadas em todas as regiões, em redes de supermercados, empórios, delicatessens e aeroportos.