Um check-up do imenso patrimônio dos bens culturais italianos, dos pergaminhos nos museus aos edifícios nas praças, é o que pedem os químicos, reunidos na cidade de Turim, noroeste da Itália, para o 41º congresso mundial da categoria, que entre seus temas principais discute o da conservação de monumentos.
Tal atividade é requerida "para saber se, quando e como foram feitas intervenções de restauro e conservação e para programar aquelas futuras". Há dez anos, foi lembrado no congresso, "a atividade científica de restauro substituiu aquela empírica".
"Antes, no trabalho estavam pessoas com sólidos conhecimentos históricos, mas sem saber científico", afirmou Luigi Campanella, responsável pela divisão Ambiente e Bens Culturais da Sociedade Química italiana.
Depois houve uma virada e a química pôde dar uma grande contribuição para salvar os monumentos da deterioração, mas o patrimônio da "herança" cultural é enorme e, no entanto novasm substâncias poluentes e o "assalto" dos turistas tornam sempre mais frágeis os monumentos.
Eis a utilidade para a criação de uma espécie de ficha clínica para velhos livros e estátuas, palácios e esculturas. "Vejo que é necessário investir muito dinheiro, mas em jogo está um patrimônio inestimável que todo o mundo inveja. Ocorre, portanto, formar um banco de dados que reconstrua os interventos de restauro e conservação feitos no passado, os métodos e as substâncias usadas, e estabeleça um programa de trabalhos periódicos para os próximos anos", explica Campanella.
Entre os exemplos citados por Campanella estão os pergaminhos, "que a cada cinco, seis anos deveriam ser submetidos a banhos alcalinos", e as estátuas em metal próximas às fontes que deverão "ser protegidas por uma tela, pois os esguichos de água, o vapor e a umidade as corroem".
O congresso mundial dos químicos prosseguirá no centro de eventos de Lingotto em Turim, até quinta-feira dia 11. Os representantes presentes chegam a quase 1.500. De modo geral estão sendo discutidos temas relativos à tutela da saúde, do ambiente e da arte.
Fonte: Ansa