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Reforma na NSA

 O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deu detalhes sobre a reforma da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) e declarou que as mudanças não afetaram as informações sobre atentados terroristas.
    A reforma limitará a capacidade de recolhimento e conservação de dados telefônicos da Agência. Atualmente, a NSA armazena por até cinco anos todas as informações que coleta. Após a reforma, serão apenas 18 meses de armazenamento. Outra mudança é que a Agência não poderá recolher dados em massa: para conseguir os registros telefônicos será preciso da autorização de um juiz.
    Com a autorização judicial, as companhias telefônicas deverão passar os dados para a NSA. Outra proposta enviada pela Casa Branca ao Senado é de esclarecer se a Seção 215 do “Patriotic Act”, introduzida por George W. Bush após o 11 de setembro, poderá ser legitimamente interpretada para recolher uma grande quantidade de dados de uma só vez. Ao falar com os jornalistas, Obama afirmou estar consciente que “depois das revelações do Datagate foi preciso resgatar a confiança das pessoas”. A proposta deve ser aprovada pelo Senado norte-americano para que comece a valer. Ainda hoje (25), o Presidente da Comissão de Inteligência da Câmara, o republicano Mike Rogers, declarou que “95% das informações recolhidas por Snowden eram de natureza militar e estratégicas e nós achamos que elas estão em mãos russas”.
    As revelações do Datagate, feitas pelo ex-analista da NSA Edward Snowden em junho do ano passado, revelaram ao mundo documentos que mostravam que o governo norte-americano recolhia, indiscriminadamente, dados telefônicos de cidadãos comuns e autoridades mundiais. O fato gerou muita revolta de diversos países e deixou os Estados Unidos em uma posição delicada.
    Atualmente, Snowden está asilado na Rússia. (ANSA)