Comunità Italiana

Relação complementar

{mosimage}Vice-governador e empresários da Lombardia saem do Rio satisfeitos com encontros institucionais e comerciais

Uma ponte entre o estado fluminense e a região da Lombardia – a mais rica da Itália, que sozinha representa a 29ª economia da região do euro – cimentada com o objetivo de unir as forças econômicas e gerar negócios bilaterais. Com autoridades e empresários italianos a bordo, a Missão Lombardia aportou no Rio de Janeiro em meados de julho. Seminários, encontros oficiais e visitas a entidades como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) marcaram a agenda dos lombardos na cidade. A visita ao Rio durou três dias e foi seguida por outra rodada de apresentações e reuniões em Recife.

Setor petrolífero

Os setores em destaque durante a missão foram seis: oil & gas; naval; naval mecânico; siderúrgico; energia; e information and communications technology. Representantes de 15 empresas italianas destas áreas participaram de um seminário realizado na Firjan no dia 18 de julho: foi o caso da Idest, especializada em engenharia integrada e serviços para a construção; da Casagrande Ingranaggi, da área naval, metal-mecânica, siderúrgico e energia; da Pigozzi Impiantistica, que realiza instalações para oil & gas, naval, metal-mecânico, siderúrgico e energia; da ABB, do setor oil & gás; e da Aeromeccanica Stranich, atuante também no oil & gas, metal-mecânica, siderúrgica e energia. No dia seguinte, na rodada de negócios, 163 encontros selaram a sinergia lombardo-fluminense.

A missão foi organizada pela Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro, pela Promos Milano e pelo Centro para o Desenvolvimento Tecnológico, Energia e Competitividade (CESTEC), e contou com o apoio da Firjan e do Sebrae-RJ.

Troca de experiências

Diante de representantes da Prefeitura do Rio e do governo estadual, o vice-governador da Região Lombardia, Andrea Gibelli, afirmou que a viagem representa uma oportunidade de complementar o sistema produtivo fluminense no contexto do “mercado global que requer uma sinergia de forças”. Ele ressaltou as características econômicas lombardas, que fazem com que a região seja a mais próspera da Itália.

— A Lombardia possui uma empresa a cada 12 habitantes, com uma economia equivalente a de um Estado europeu, baseada em pequenas e médias sociedades. A distinção entre empresa e trabalhador na Lombardia, muitas vezes, não é, assim, líquida — explicou.

Para o vice-prefeito Carlos Alberto Muniz, a experiência italiana pode contar pontos para os grandes eventos programados para acontecer na cidade.

— Aparentemente longínquas no calendário, a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 já estão muito próximas. A experiência da Itália na realização de grandes eventos pode nos ajudar muito — avaliou.

O subsecretário de Relações Internacionais do governo do Estado, Pedro Spadale, concordou. Para ele, “o potencial de parceria entre o Rio e a Lombardia é muito grande, e a relação não é apenas comercial”.

A subsecretária estadual de Comércio e Serviços, Dulce Ângela Procópio, lembrou aos italianos que o Rio tem a segunda maior economia do país e destacou os projetos de desenvolvimento urbano como o Porto Maravilha e a ampliação do metrô. Outra área citada por Dulce é a do corte de rochas, como o granito, setor em que “propostas de joint ventures são bem-vindas”.

Outros locais visitados pelos italianos foram a sede da Petrobrás e a Associação Comercial do Rio, além do centro educativo Cantinho da Natureza, uma obra social da paróquia Santa Cruz de Copacabana, no Morro dos Cabritos.

Palácio Guanabara

Na noite do dia 18 de julho, a sede do governo fluminense foi palco de um encontro entre o vice-governador Luiz Fernando Pezão e o vice-governador da Lombardia, Andrea Gibelli. Diante do cônsul Umberto Malnati e do presidente da Câmara Ítalo-brasileira de Indústria e Comércio do Rio, Pietro Petraglia, Gibelli reiterou a disponibilidade lombarda para parcerias em matéria de indústria e tecnologia, enquanto Pezão — que presenteou o italiano com uma pedra de cimento do Maracanã — lembrou que o estado do Rio mantém as portas abertas aos representantes lombardos.