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Residência olímpica que deixa saudade

21 de setembro de 2016 - Por Comunità Italiana
Residência olímpica que deixa saudade

Residência olímpica que deixa saudadeCasa temática dedicada à Itália funcionou como um verdadeiro Spa de beleza e bom gosto em plenos Jogos Olímpicos e foi elogiada por autoridades, personalidades, atletas e formadores de opinião

Dentre as mais de dez casas temáticas montadas no Rio especialmente para os Jogos Olímpicos, a Casa Itália esteve entre as mais elogiadas. Situada no Clube Costa Brava, na encosta do Joá, a deslumbrante vista para o mar era captada em todos os ângulos do local pelos visitantes, que não se cansavam de fazer selfies nas varandas e terraços. Apesar de não ser livremente aberta ao público, acessível somente através de convite, a hospitality house encantou quem esteve nela, inclusive autoridades, como o prefeito do Rio, Eduardo Paes, que a classificou como “estupenda” e como “a casa mais bonita onde eu estive no Rio de Janeiro”.
O objetivo dos organizadores era fazer com que o visitante tivesse uma experiência de benessere nas instalações colocadas à disposição, como piscinas, sala de ginástica, serviços de massagem e até de cabeleireiro através da parceria com a Tessier Hairdressers, um prestigiado salão de Roma. O espaço administrado pelos irmãos Giuseppe e Carlo Tessiere foi um dos mais concorridos durante os 18 dias em que a Casa esteve aberta. Até a esgrimista Rossella Fiamingo pintou os cabelos de rosa para comemorar sua medalha de prata.
— Pela primeira vez, uma hospitality house aplica o conceito de bem-estar. Aqui, jornalistas, atletas e demais convidados viveram uma experiência diferente, fazem massagem, cuidam de si mesmos, relaxam. As pessoas que entraram não queriam sair. Quisemos criar um ambiente que não fosse frenético para que as pessoas vivessem momentos de serenidade — afirmou o gerente de bem-estar da Casa, Giulio Visconti Prasca, explicando que, se o acesso fosse totalmente liberado, não seria possível oferecer uma experiência de relaxamento semelhante a um Spa.

Ministro do Esporte ressaltou o local como ponto de contato entre as culturas brasileira e italiana
Na última semana dos Jogos, o ministro do Esporte Leonardo Picciani visitou o local, onde foi recebido pelo cônsul geral do Rio, Riccardo Battisti, pelo conselheiro da Embaixada da Itália, Filippo La Rosa, e pelo diretor de marketing do Coni, Diego Nepi. Descendente de italianos da região de Molise por parte de pai, o ministro brasileiro classificou o espaço como “fantástico e de interação entre a cultura brasileira e a cultura italiana”.
— Creio que os brasileiros que tiveram a oportunidade de visitar a Casa puderam conhecer um pouco mais da cultura do país, enquanto os italianos puderam conhecer um pouco mais do Rio e do Brasil. Essa interatividade que já une Brasil e Itália há muito tempo pelo grande número de italianos e descendentes, que foram peça fundamental da formação da sociedade e da cultura brasileira, também pôde ser feita aqui — afirmou Picciani à Comunità.
Ele demonstrou satisfação com a realização do megaevento esportivo na capital fluminense.
— Temos feito pesquisas com os visitantes e com a população da cidade, e verificamos enorme satisfação com os Jogos dentro dos campos de competição. Tudo ocorreu com absoluta tranquilidade. As instalações funcionaram perfeitamente e tivemos diversos recordes quebrados durante as competições. Creio que o Rio e o Brasil cumprem muito bem essa tarefa de sediar os Jogos e receber o mundo inteiro aqui — completou.
O ex-presidente do Comitê Olímpico Italiano (de 1993 a 1998), Mario Pescante, definiu o local como um “misto de italiano e brasiliano, onde o Brasil colocou o sol e o mar, o que tem de mais bonito, e a Itália colocou o resto”.
Atual membro do Comitê Olímpico Internacional, ele aprovou a edição realizada no Brasil.
— Eu votei pelo Rio como sede, porque pensamos que seria justo que acontecesse também em países emergentes. E foi uma bela escolha porque aqui os Jogos nos fizeram ver além de uma bonita cidade, as pessoas, o caráter das pessoas, muito gentis. Foi uma bela descoberta. No início, houve críticas quanto à organização, mas da parte de pessoas que não conhecem as Olimpíadas, pois, na vila olímpica, que abriga milhares de pessoas, quando se abre de improviso, é claro que algo não vai funcionar. Em geral, tudo funcionou bem — avaliou Pescante, que presidiu o Comitê Olímpico Europeu de 2001 a 2006, e afirmou que agora vai se dedicar à candidatura Roma 2024 — campanha bem-lembrada na Casa Itália, onde o visitante pôde “viajar” nas paisagens da cidade eterna através de óculos 3D.
O jogador italiano de vôlei de praia Alex Ranghieri foi um dos atletas que curtiram a Casa. Natural de Pordenone, aos 29 anos, ele foi eliminado no dia anterior, juntamente com o companheiro Adrian Carambula, por outra dupla italiana, formada por Daniele Lupo e Paolo Nicolai, que acabaram ficando com a medalha de prata após perderem para os brasileiros Alison e Bruno Schmidt, que subiram ao topo do pódio em Copacabana.
— Já estive umas 15 vezes no Brasil, desde 2005, por causa do vôlei de praia, em cidades como Vila Velha, Curitiba, Vitória e Fortaleza. Achei fantástica essa Olimpíada aqui. Os Jogos evidenciaram a beleza local. Para mim é estupendo o que se vive aqui, pelo estilo de vida, pelas praias, pela água de coco, por tudo aquilo que está relacionado ao atleta. A arena de Copacabana ficou espetacular. Mais não poderíamos pedir. Somos a terceira dupla no ranking mundial do vôlei de praia e agora estou focado em participar dos próximos torneios e campeonatos. Nosso objetivo é continuar a jogar pelo mundo, e aspirar sermos os melhores do mundo e, quando chegar a hora, vamos pensar em Tóquio — revela o atleta.

Da mobília ao salão de beleza, fornecedores deram uma mostra do melhor do made in Italy
Com fornecedores escolhidos para exprimir o melhor do made in Italy aos visitantes, a Casa Itália contou com móveis da Edra, mobiliário nos espaços externos assinado pela Ethimo, poltronas assinadas pelos ítalo-brasileiros irmãos Campana e aparelhos de ginástica da TechnoGym, fornecedora oficial das Olimpíadas. A iluminação realizada pela empresa SpaceCannon SNe, da Lombardia, merece um capítulo à parte. À noite, a fachada se iluminava das cores da bandeira italiana e um potente facho de luz era visível de outros bairros. O farol de 72 mil watts era visível de uma distância de 15 quilômetros e de uma altura de mais de 10 quilômetros.
— O conceito de iluminação na Casa Itália parte do conceito filosófico de Aristóteles e Platão, do horizontal e vertical, sobretudo à noite, quando temos diversos níveis de luzes. O maior farol do mundo, dentro do conceito de verticalidade, de 72 mil watts, permitiu que se visse de longe onde estava a Casa Itália. Já a ponte totalmente iluminada de azul aplicou o conceito da horizontalidade. Ao entrar, o visitante recebeu as boas-vindas através das cores da nossa bandeira. De dia, o visitante encontrou uma arquitetura muito particular e geométrica. À noite, era como uma mulher, ou seja, apresenta um fascínio totalmente diferente, vestida através dessas cores e dessas luzes — ressalta Giammaria Ravetti, presidente da empresa sediada em Costa Masnaga, na província de Lecco, que assina a iluminação dos mais altos arranha-céus do mundo, como o Burj Khalifa de Dubai, além da homenagem “iluminada” às vítimas da queda das Torres Gêmeas de Nova York com a frase Not forget. Não é a primeira vez que Ravetti trabalha no Brasil: já contribuiu com a iluminação no Sambódromo durante o Carnaval carioca.
Ao fim, com a desmontagem realizada já no dia seguinte ao término das Olimpíadas, as luzes se apagaram e a Casa deixa saudade.

Comunità Italiana

A revista ComunitàItaliana é a mídia nascida em março de 1994 como ligação entre Itália e Brasil.